7 de dezembro de 2016

Meu plano de parto domiciliar


Pra quem acompanha o blog: tanta teia de aranha aqui, né?! Rs! Eu estou bem, já com quase 37 semanas completas, bebéia Made in Japan deve estar quase pronta pra nascer e praticamente tá tudo pronto pra sua chegada. Não estamos com muita expectativa, mesmo porque não temos muito tempo pra isso. Estou num cansaço monstro e não posso ver uma cadeira que me sento. A barriga está petit, como era com a Liana também. Acho isso bom, porque as pessoas não tem muita expectativa. E quase ninguém sabe da data provável do parto. Aqui eu conto: é dia 01/01/2017 :)

Vou colocar aqui o Plano de Parto que fiz para poder ajudar as grávidas que querem ter um parto domiciliar - PD, ou mesmo quem quer parir em um hospital e está buscando dicas de planos de parto já escritos.

Eu tenho dois planos: o do parto domiciliar e o hospitalar, que é muito parecido com o primeiro, só mudando alguns detalhes mesmo. Fiz os dois com a ajuda da minha doula e li muitos planos antes de escrever o meu próprio.




Plano de Parto Domiciliar


  • Bebê: ____
  • Marido: ____
  • Doula: ____
  • Data provável do parto: ____
  • Local: ____

Eu e meu marido estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos, mas o nosso desejo é pelo parto normal domiciliar, o que é muito importante para nós. Abaixo listamos as nossas preferências em relação ao nascimento da nossa filha, caso tudo transcorra tranquilamente e dentro da normalidade para parto de baixo risco. Sempre que os planos não puderem ser seguidos da forma que desejamos, gostaríamos de ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas.

Pré Trabalho de Parto
Não quero realizar exames de toque antes de entrar em trabalho de parto - TP. Também não quero realizar descolamento de membranas antes de ter algum sinal do início do TP.
Caso eu ultrapasse as 41 semanas, gostaria de conversar com a equipe sobre métodos naturais de indução. O descolamento de membranas deve ser a última opção não farmacológica para induzir o parto.
Salvo algumas exceções, a nossa família e amigos não sabem nosso plano de parto domiciliar e só devem ser avisados após a dequitação da placenta. Não quero causar ansiedade desnecessária, nem ser pressionada pelas pessoas.
Caso seja necessária transferência durante o TP, gostaria que, de preferência, o nosso desejo por um parto domiciliar não seja ser mencionado. Caso a transferência se dê após o nascimento da bebê, em decorrência de alguma intercorrência comigo ou com a criança, o parto domiciliar deve ser apresentado como previamente programado.

Ambiente
Gostaria que a minha playlist de músicas seja tocada. Possuo uma playlist no youtube com o nome “Trabalho de parto” que está bem completa. Provavelmente meu marido será o responsável por colocar.
Desejo que o ambiente seja tranquilo, silencioso e respeitoso. Não gostaria de ver ninguém utilizando seus celulares na minha frente. Peço que a TV não seja ligada em momento algum.
No momento do nascimento, eu gostaria de luzes suaves e pouco barulho. Quero que minha filha escute apenas as vozes dos membros da família após o seu nascimento.

Durante o trabalho de parto
Ao entrar em TP, apenas minha Doula, a fotógrafa, a equipe de parteiras e minha médica obstetra serão avisadas. Peço que a equipe de enfermeiras obstétricas avisem a Obstetra backup, por telefone, que o trabalho de parto iniciou. A médica deve ser informada de tudo o que acontecer durante o trabalho de parto para ela estar preparada no caso de uma transferência for necessária.  Também gostaria de avisar ao porteiro do meu prédio.
Caso precisemos de algum apoio externo podemos contactar as minhas amigas ____ e ____ (telefone:___)
Durante todo o TP eu gostaria de ter ao meu lado meu marido e nossa filha. Também quero a companhia da minha doula e das enfermeiras obstetras.
Talvez, se o TP ocorrer durante o dia, poderemos telefonar para a babá da minha filha para ela não vir pra casa. Não acho que vou querer muita gente em casa durante o nascimento da minha filha, mas prefiro decidir isso no dia, dependendo de como eu me sentir, e como for o andamento do TP.
Gostaria que minha filha mais velha seguisse a sua rotina normalmente e acompanhe o TP se assim ela desejar. Mas caso ela esteja interferindo no processo de TP, conto com a ajuda do meu esposo e da Doula para que a retire do ambiente. Gostaria também que ninguém desse vídeos para a minha filha assistir, já que não temos esse hábito. Também quero que no dia tudo seja tratado com ela com muita naturalidade e respeito.
Durante todo o processo gostaria de ter liberdade para caminhar, me mover, dançar, me soltar e mudar de posição. Gostaria de permanecer na posição que me for mais confortável e andar sempre que sentir necessidade. A minha doula e as enfermeiras obstétricas poderão sugerir posições diferentes e caberá a mim decidir qual é a mais confortável naquele momento. Gostaria de ter liberdade para utilizar o chuveiro, banheira ou piscina, caso eu sinta necessidade. Se eu preferir em algum momento descansar ou dormir, gostaria que minha opção fosse respeitada.
Quero poder tomar líquidos e comer durante o trabalho de parto, caso eu sinta vontade.
Desejo permanecer durante todo o TP com os seios cobertos por top ou biquíni. Gostaria, se possível, de ter os cabelos presos de uma forma que não fiquem bagunçados.
Gostaria de não ter a bolsa rompida. Porém, caso o TP esteja muito longo e a equipe ache conveniente, gostaria de ser informada antes.
Gostaria de ter o uso de infusão intravenosa apenas se houver uma real indicação médica. Não gostaria de nada que atrapalhe minha mobilidade.
Não gostaria de realizar o exame de toque com muita frequência. Peço que, caso esteja com pouca dilatação, a equipe não me conte e sempre me encoraje a continuar firme durante todo o TP.
Desejo que a fotógrafa não foque em sangue e nudez, e sim nas emoções e expressões.

Durante o parto em si
Assim como o TP, para o parto planejo ter a presença do meu marido, da minha filha, da fotógrafa, minha Doula e as enfermeiras obstetras.
Não planejo a posição que eu estarei para o nascimento. Poderá ser na água ou não, e será aquela que me for mais confortável e eu escolher na hora. Desejo tentar posições mais verticalizadas para evitar laceração e força excessiva. Possivelmente não vou querer parir em cima da minha cama. Mas, caso eu mude de ideia no dia, gostaria de forrar a cama com plástico e forro impermeável.
Desejo tocar a cabeça da minha filha quando ela estiver coroando e também de vê-la através do espelho que temos em casa. Gostaria de ser lembrada dessa minha vontade durante o expulsivo.
Não quero que minha barriga seja empurrada e qualquer manobra que seja necessária, sob real necessidade, deverá ser informada antes. Também não quero que meu bebê seja puxado. Iremos aguardar o tempo dela. A não ser que haja necessidade médica.
Se estiver tudo bem com a bebê, e não for necessário nenhuma manobra de emergência, quero que o meu marido seja o primeiro a ampará-la e pegá-la ao nascer.
Se possível, desejo que o cordão umbilical seja cortado apenas após a dequitação da placenta. E gostaria que seja tirada uma foto depois que a bebê estiver já limpa, dela ainda conectada à placenta.
Após o nascimento, gostaria de sentir o cheiro da bebê. Quero ser lembrada disso pela equipe.
Gostaria de saber após o parto qual a música tocou no momento no nascimento.

Pós Parto
Desejo que a fotógrafa faça um registro da minha filha ligada à placenta em ambiente extrauterino. Também peço que se possível, ela faça o registro do primeiro encontro entre a minha filha e a sua irmã recém nascida. Ou mesmo de um dos seus primeiros momentos juntas.
Quero que seja aguardada a expulsão espontânea da placenta, ainda com o cordão umbilical conectado ao bebê. Desejo armazená-la no congelador em uma vasilha de sorvete para posteriormente utilizá-la.
Gostaria que meu bebê fosse colocado imediatamente no meu colo. Se houver necessidade de aspirar as vias respiratórias, prefiro que seja feito enquanto ela estiver comigo.
Gostaria que minha filha permanecesse em contato pele a pele por pelo menos 1 hora e que todos os cuidados sejam feitos com ela em meus braços, na medida do possível. Gostaria também que todos os demais cuidados sejam feitos na minha presença, ou do Adam.
Gostaria de amamentar minha filha durante a primeira hora de nascida, se possível quero que ocorra o chamado “Breast Crawl”, quando o próprio bebê decide o melhor momento para amamentar e é livre para ir até o peito em busca do seu alimento.
Após o parto desejo tomar açaí ou vitamina.
Após o nascimento, a minha obstetra deve ser avisada pelas enfermeiras obstetras. Ela deverá ser atualizada sobre o nascimento e o nome escolhido para a bebê.
Após o parto - incluindo a saída da placenta, gostaria de conversar com toda equipe sobre o parto em si. Desde esclarecimentos técnicos, minha recuperação, horário do nascimento e a maravilha do nascimento da minha filha.

Cuidados com o bebê
Gostaria que sejam evitadas luzes fortes no ambiente e principalmente no rostinho do bebê assim que nascer.
Optamos pela administração injetável da Vitamina K, e que não sejam utilizados colírio de Nitrato de Prata ou antibióticos oftálmicos.
Não gostaria que a minha filha tome banho no seu primeiro dia de vida. O primeiro banho será dado quando meu marido e eu decidirmos, e será dado por nós.

Caso necessitemos de remoção para o Hospital

Caso uma transferência seja necessária, a equipe deverá telefonar diretamente para a médica obstetra, e ela será a responsável por contactar o hospital de referência.
Lista dos hospitais de referência:
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Assinaturas:

18 de setembro de 2016

Minha experiência amamentando grávida e o fim de uma Era


Eu ia escrever este post guardando suspense e deixando pro final a notícia que a Liana desmamou. Mas mudei de ideia e já ficou subentendido no título. Por um lado eu estou feliz e satisfeita, porque ela desmamou gradualmente e de forma bem natural, como eu sempre quis que fosse.


É comum as pessoas acharem que não se pode de jeito nenhum amamentar grávida. Há crendices que o leite da mãe gestante atrapalha a criança que mama, fica fraco, que a amamentação prejudica o bebê que está no ventre ou mesmo possa causar aborto. O pior é que ainda há muitos médicos aqui no Brasil que informam tudo isso às gestantes e pedem pra elas pararem com a amamentação. Mas a verdade é que em uma gravidez normal de baixo risco, não há risco algum. Fiquei grávida antes de me mudar de volta pro Brasil, e lá na Gringa a minha ginecologista, a pediatra e a gastro da Liana sabiam que eu estava grávida e amamentando a Liana (e amamentando muito!), e o que elas diziam é que era ok. Disseram que se nós duas estávamos felizes deveríamos continuar.


Antes de planejar a minha segunda gestação comecei a me informar sobre isso e li muitos relatos de mães que amamentaram grávidas, inclusive tiveram a experiência de amamentar em tandem, que é nutrir 2 crianças de idades diferentes ao mesmo tempo. Como sou assim meio doida, era meu sonho ser a mãe leiteira, e dar de mamar pra Liana e pra Made in Japan junto, ao mesmo tempo.


Assim que engravidei, a Liana ainda mamava muito e ela não me dava nenhum  sinal de que pararia nos próximos dez anos. Ela adorava mamar e eu adorava também, então ficamos assim numa boa, mas eu já sabia do grande risco de sentir pertubação na amamentação, o que é comum durante a gravidez. Mas eu achava que estava preparada e deixei o barco ir.


Durante o primeiro trimestre eu até tive dor nos mamilos, mas nunca durante as mamadas. No começo ela ainda mamava com muita frequencia e eu sentia que tinha muito leite. Eu até usava um pouquinho do meu leite para tomar com meu chá de manhã. Mas devagarzinho ela passou a mamar menos vezes durante o dia e eram mamadas mais curtas. Um dia eu experimentei do meu leite e percebi que ele estava salgado. Ele passou de docinho para muito salgado! Mas Liana nunca reclamou do gosto ou de nada.


De repente percebi que ela estava mamando bem menos. E isso foi um processo rápido. Em julho, quando nos mudamos pro Brasil, ela começou a ficar períodos longos sem mamar. Chegou a ficar mais de 24 horas sem pedir. E esse período sem pedir foi só aumentando. Assim que eu voltei ao trabalho, ela chegou a ficar 3 dias sem pedir mamá. E eu nunca oferecia.


Ficamos assim até o fim da minha primeira semana de volta ao meu trabalho. Era sexta feira e as minhas colegas compraram um bolo suflair que é o bolo de chocolate mais gostoso da face da Terra. Ele é de chocolate, com recheio de chocolate, cobertura de chocolate e cheinho de pedaços de chocolate suflair da Nestle por cima. Eu ainda estava com restrição na minha dieta por conta da alergia da Liana a proteína do leite de vaca. Mas o bolo me venceu. Eu decidi em 5 segundos que eu iria comer um pedacinho. E o pedacinho virou 3 pedaços grandes. Eu me esbaldei, chutei o pau da barraca e foi isso que bateu o martelo para o desmame total da Liana.


Depois do bolo a Liana ficou 3 dias sem pedir peito. E quando ela pediu eu expliquei que era melhor ela não mamar porque eu tinha comido algo com leite, que faz dodói na barriga dela. Pronto, desde então ela nunca mais mamou. Nesse último mês eu estou comendo tudo com leite e ela até pediu peito umas poucas vezes, mas sem insistir. Quando isso acontece eu sempre digo que agora não tem mais leite e que eu estou comendo o leite que ela não pode. Eu até ofereço pra ela dar beijinho e ela abre a boca, mas no final entende e só beija.


Como a maternidade é uma eterna quebra de paradigmas e um montão de coisas que fogem do nosso sonho e do nosso planejamento, aqui vai mais um exemplo disso. Eu imaginava que eu iria amamentar a gravidez inteira. Na minha cabeça eu já tinha uma foto pronta do meu álbum da segunda gravidez: eu linda bem barriguda com a teta de fora amamentando a Liana. Que foto linda! E eu tinha certeza que iria amamentar em tandem as minhas duas filhas. Daí tudo mudou. Por causa de um bolo suflair. Eu não me culpo e não estou muito triste por não poder tirar a foto divando grávida amamentando. A Liana está feliz, e eu estou também.

É engraçado que eu sempre quis que o fim da amamentação fosse tranquila, mas eu não conseguia visualizar que isso iria acontecer. Eu quase duvidava que a Liana poderia desmamar antes dos 15 anos. Mas aconteceu e foi sem traumas pra ninguém. Simples assim.


Esta é a última foto da Liana mamando antes de eu engravidar da Made in Japan. Pra ser mais precisa, esse foi um jantar em Kioto, e poucas horas depois produzimos a bebê. :)




Uma borboletinha mamando. A única foto que tenho dando mamá já grávida. Não registrei nenhuma mamada depois que chegamos no Brasil.




24 de agosto de 2016

Mudamos pro Brasil! Sobrevivemos e aqui estamos!


Vocês devem imaginar o quanto foi corrido e ainda está. Agora multipliquem isso por mil e pronto, assim está sendo a nossa vida.

Chegamos na nossa nova cidade, Brasília, no dia 20 de julho e desde então estamos tomando banho de burocracia. Estamos nos lambuzando! Pra mim que sou brasileira já está sendo difícil tamanha papelada. Imagina pro maridex que nunca viveu aqui! Só com autentificação de documentos e reconhecimentos de firma em cartórios, já gastamos quase R$ 600,00. É muito dinheiro! E é uma gasto que para a cabeça de um americano é desnecessário. Isso porque lá não existe cartório e quando precisamos reconhecer firma, é gratuito e feito em banco.

Quanto a mudança em si, o que posso dizer é que foi muito stress. Graças a ajuda da minha mãe e da minha irmã, que ficaram conosco por 2 dias em Brasília passando roupa e desfazendo malas sem parar, nós conseguimos organizar as nossas coisas que vieram em 6 malas gigantes e pesadas. Mas eu não quero nunca mais me mudar estando grávida. É muito trabalho, preocupação e ansiedade para aguentar. Mas aí me lembro que uma mudança já foi, mas ainda faltam outras 2 para as próximas semanas.

A próxima mudança será do meu apartamento pequeno, onde estamos agora, para um maior que acabamos de alugar. Depois que estivermos no apartamento maior a terceira mudança virá, quando chegar o container com as nossas coisas que estão vindo de navio de Boston. Prefiro nem pensar nisso agora! Tenho que focar em uma coisa de cada vez que é pra não sofrer por antecipação.

Chegando aqui no Brasil é inevitável não comparar as coisas daqui com as americanas. Lá, no geral, as pessoas são muito mais eficientes. Tanto para tratar de visto para estrangeiro quando pra você comprar um pedaço de bolo e um suco em uma lanchonete. Aqui as coisas demoram a funcionar, o funcionário atrasa, o site que trata do serviço que você precisa não tem a informação completa, a gente pensa que em uma tarde poderíamos resolver cinco coisas, mas tudo demora e você faz só uma. Ainda assim é mal feito, depois tem que refazer.

Mas aqui tem coisas melhores, claro. Estou adorando a volta ao meu trabalho, por exemplo. Estou sendo super bem recebida pelos colegas, já estou me sentindo útil, fazendo algo que não é pra Liana e sobre a Liana. Também é muito legal ter alguém que me ajuda em casa. A babá da Liana está sendo ótima! Elas se dão super bem, o portugues da minha filhota já está muito melhor do que era 1 mês atrás, quando chegamos. E todos os dias a babá faz serviços domésticos que me ajudam demais. Ela passa as roupas da Liana, limpa a casa, cozinha, arruma a casa, coloca roupa pra lavar… Tudo isso me faz sentir que tenho aqui uma vida de rainha. Coisa que lá na Gringa seria impossível. Pra ter esse tipo  de coisa só sendo milionário.
Aqui todo mundo me pergunta se viemos pra ficar e essa resposta não tenho na ponta da língua. Cada vez digo algo diferente. Ainda estamos nos adaptando, mas eu posso dizer que estou sim me sentindo em casa.

7 de julho de 2016

Entre vômitos e peidos

Nunca na história deste blog eu escrevi de forma tão honesta e com tanto detalhe escatológico.

Vim aqui hoje para desglamorizar a gravidez. E para dizer que eu adoro falar e ler sobre gravidez, parto, maternidade, adoro ser mãe, até poderia parir cinco vezes bebês grandes sem anestesia, MAS eu estou odiando estar grávida. #Prontofalei

Olha que eu sempre achei mulher grávida a coisa mais linda. Na verdade eu ainda acho! Adoro barriga de grávida. Mas essa coisa de dizer que toda grávida tem um brilho diferente, olha, sei não. Aqui o brilho só se for do vômito que acabei de vomitar agachada no banheiro.

Eu já estudei embriologia na faculdade, mas ainda sabendo sobre a fisiologia da coisa, acho que gerar um ser completamente novo, a partir do zero, é algo incrível e praticamente mágico. A questão é que gerar um novo ser muda demais o organismo da mulher como um todo, e com toda essa alteração hormonal, pode em muitos casos ocasionar enjoos, alteração de humor e no sistema digestório. Aqui estamos vivendo tudo isso. E numa casa cheia de caixas, malas espalhadas e faltando apenas 2 semanas para a nossa mudança pro Brasil. Resumindo: tá difícil!

É claro que não é só a gravidez, tem o estresse da mudança que sozinho já seria ruim o suficiente, mas a gestação está me deixando mega cansada. Os enjoos estão fortes também. O pior é que eles me trolam! Assim, quando eu passo mais de 8 horas durante o dia sem enjoar penso que finalmente o período crítico de ter vomitade passou, daí eu passo tão mal que vomito. Nesse início de gestação até estou vomitando com menos frequência que acontecia quando eu estava esperando a Liana. Mas vomitar com ela junto no banheiro é sofrido pra mim. Ela nem se assusta como eu pensei que aconteceria, parece que até entende e me faz um carinho pra ajudar a melhorar. Mas acho ruim. Depois ela fica me olhando com uns olhinhos e não sei decifrar o que passa por trás deles. 

Uma coisa que está sendo diferente até agora são os gases. O maridex que o diga! As vezes acho que a Made in Japan não é um bebê, e sim uma máquina fazedora de pum. Eu nem estou comendo diferente do que consumo sempre. A minha alimentação é balanceada, não como tanto açúcar, mas estou soltando uns gases cabulosos.

Maridex diz que faltam só pouco mais de 5 meses e isso tudo vai passar com certeza. Vai sim! Passará e o trampo se quadruplicará, com uma recém nascida em casa e uma menininha linda de 2 anos que terá que dividir o colo da mamãe aqui com uma nenenzinha pequetita.




É assim que muita gente vê toda grávida, mas na verdade somos humanas que inclusive peidam (imagem retirada do blog Canção Nova)

28 de junho de 2016

Um grande harém

E o sexo de Made in Japan é .... Chanchanchanchan!

Feminino!!!

Mais uma menina pra essa família cheia de mulheres lindas e fortes! Somos 4 irmãs, 3 netinhas e a quarta a caminho.

Que ela venha cheia de saúde e com certeza aqui ela terá muito amor e carinho.

Oi, gente! 



14 de junho de 2016

Chegando ao fim do primeiro tri - finalmente!!

Eu tenho certeza que quem está acompanhando de longe vai pensar: "O que? O primeiro trimestre já está acabando?!" Mas para mim este primeiro tri está passando a passos de uma lesma. Na verdade, até agora esta gestação está muito parecida com minha primeira, com enjoo que me persegue de manhã, de tarde e de noite.

Ontem, durante o dia, eu até pensei que estava enjoando menos. Foi só dizer isso em voz alta que a noite veio uma vomitade* com força total. Hoje a Liana fez um cocô mega fedido, daí limpar o bendito penico e jogar o cocô fora no vaso quase me fez vomitar. (Aliás, como uma menina tão pequena e linda consegue produzir tantas fezes assim??)

Também sinto que tudo está demorando porque eu estou D.E.V.A.G.A.R. quase parando. É tanto cansaço, preguiça, vagareza, chamem do que quiser! A minha vontade é de dormir o dia todo. Mas como descansar com uma criança de 2 anos que não gosta de dormir, e ainda tendo mil coisas pra arrumar para a nossa mudança de país que será daqui a um mês?!? Muito estresse, minha gente!

Mas não quero fazer desse post apenas um monte de mimimi junto. No início da semana passada, quando eu estava com 10 semanas, fomos na minha primeira consulta com a ginecologista. A Liana se comportou muito bem e na hora e vermos o bebezinho MiJ ela não pareceu ficar muito empolgada. Acho que essa história de que tem um bebê dentro da minha barriga e naquele monitor vimos ele mexendo não fez muito sentido pra ela.

Mas pra mim e maridex foi uma emoção igual a quando vimos a nossa Liana em forma de Sementinha. Eu achei fantástico o fato de MiJ mexer sem parar quieto(a). Era uma movimentação louca! Ele(a) tinha o tamanho de uma ameixa, formato de um feijão, mas mexia como se estivesse brincando de jogar futebol e reger uma orquestra sinfônica ao mesmo tempo.

Optamos por saber o sexo o mais cedo possível, por isso coletei sangue após a consulta para o exame genético, que pode detectar a presença de algum problema genético, como Síndrome de Down, e de quebra saberemos se o ser que me habita é XX ou XY. Façam suas apostas! Eu aqui não tenho palpite dessa vez. Quando pergunto pra Liana, ela responde primeiro que é baby boy, depois que é baby girl. Decerto ela pensa que são gêmeos, um de cada sexo. Mas isso já sabemos que não - é um bebezinho só.

Provavelmente no meu próximo post já terei a resposta. Claro que vou contar aqui!



* Vomitade = um neologismo gravídico. Expressão em português criada pelo maridex que significa vontade de vomitar.

4 de junho de 2016

Dois anos da Liana

Liana,


Há poucos dias você completou 2 anos e temos tanto a comemorar! Você é  maior alegria da minha vida, a coisa mais linda que eu já fiz. Eu até hoje fico espantada de você ter saído de dentro de mim. A maternidade é mesmo algo incrível e mágico!

Hoje, enquanto você tirava a soneca,  vi uns videos a fotos de você pequenucha e isso me encheu de alegria. Como é bom ver o seu desenvolvimento durante esses dois anos. Como você está esperta e linda!

Estamos agora vivendo um momento muito intenso, com a nossa mudança pro Brasil chegando, e o bebezinho que está dentro da barriga da mamãe. Tenho certeza que a gente vai conseguir viver tudo isso da melhor forma possível e que seremos felizes no nosso Brasil. 

Você é uma pequena aventureira e não tinha como ser diferente, tendo a mistura de vários países e culturas correndo nas suas veias. Viajar com você é sempre muito bom, papai e mamãe adoram!

Agora que eu to com um bebezinho na barriga fico muito encantada com a sua capacidade de amar, com a forma que você faz carinho na minha barriga e dá beijinhos. Tenho certeza que você será uma irmã mais velha amorosa.

No sábado passado fizemos a sua festinha no parque aqui perto e foi tão lindo ver você brincando com os seus amigos, os grandes e pequenos. As suas risadas iluminavam a todos mais que o sol forte que brilhava no céu. A simplicidade da festa teve tudo a ver conosco, e vi que todos se sentiram bem por estarem lá presentes e todos se divertiram com você. Você ficou linda com o vestido que eu fiz e seu pai estava todo orgulhoso por eu ter conseguido fazer sozinha a sua roupa. 

Feliz aniversário, minha linda Liana! 

I love you to the moon and back. 



Liana com o vestido que eu fiz pra sua festinha de aniversário no parque :)

21 de maio de 2016

Muitas novidades!

Quem ainda passa por aqui reparou que eu não to me saindo muito bem em cumprir a minha promessa de ano novo de atualizar o blog com mais frequência. Eu não queria deixá-lo tão jogado as traças. E eu não queria chegar aqui do nada com umas novidades tão incríveis.

Mas aqui vai:

A primeira é que no dia 19 de julho nos mudamos pra Brasília. Eu, Liana e maridex gringo. Pode parecer que isso é uma surpresa, mas na verdade desde antes de eu me mudar pra cá a gente já conversava sobre morar no Brasil e criar os nossos filhos pequenos lá. Depois que a Liana nasceu aqui, o plano sempre foi ter o segundo baby em terras brasileiras.

E assim já dou uma introdução pra próxima novidade. Mas começando do começo, a gente pensou em começar a tentar fabricar um bebê novo em maio, no mês de aniversário da Liana. Assim a gente mudaria pro Brasil já com ele no forninho e evitaria um possível contagio com o virus da zyca. Sim, pode falar: somos loucos em pensar em nos mudarmos de país grávidos!

Acontece que em abril fizemos uma viagem incrível pro Japão (olha, mais uma novidade!) e lá teve uma noite que eu estava super fértil, a Liana estava há mais de 3 horas sem acordar (e isso foi muito, considerando que durante a viagem ela acordava a cada 2 horas...), eu tinha tomado um pouco de saquê e estava meio altinha. Então na madrugada maridex jogou o seu charme, e me convenceu que a gente deveria começar a tentar ali mesmo. Caí na dele, mas pensei que eu não engravidaria assim logo na primeira tentativa. A gente namorou e depois fui no vaso sanitário japonês lavar as minhas partes femininas com a duchinha de água quente. Lavei tanto que pensei que seria quase impossível engravidar. Pensei que não tivesse sobrado nenhum peixinho fecundador...

Advinhem?!?!?!

Engravidei!!! #Asuperfertil!

Bebezinho já tem apelido: Made in Japan, ou MiJ. Estou com 8 semanas agora :)

É engraçado que ao mesmo tempo que eu achava difícil ter engravidado, pensava que seria legal ter acontecido e a gente falaria que ele/a foi feito/a no Japão. No dia que fizemos o  baby eu já tinha bolado esse apelido inclusive. Uma semana depois da concepção eu tive um primeiro sinal: passei mal e vomitei durante um voo. Isso nunca tinha me acontecido em um avião. E 10 dias após a concepção outro sinal, dessa vez mais claro: o sangramento de implantação. Ele veio pouquinho, menor que na primeira gravidez, mas bonito e bem visível. E por isso antes de fazer o teste de farmácia eu já sabia que tinha alguém aqui dentro. Maridex que só acredita com teste feito não deu tanta bola, mas depois fiz 2 testes e o positivo estava lá firme.

Ainda é segredo pra maioria das pessoas. Como na primeira gravidez, só vamos espalhar aos 4 ventos depois de passadas as 12 primeiras semanas. Então, shhhhh! É segredo, viu?!

Foi assim que anunciamos a gravidez pra minha família



12 de maio de 2016

E ela já dorme a noite inteira?

A Liana é uma criança super simpática, social, esperta, tem um sorriso lindo e assim conquista a todos. Mas parece que isso tudo não é o suficiente, e sempre as pessoas vem com essa perguntinha maldita que coloquei no título.

E a minha resposta sempre é que ela vai sim dormir a noite toda antes de entrar pra faculdade.

No geral há três tipos de pessoas que fazem essa pergunta:

- Tipo 1 - Aquela que simplesmente repete a pergunta porque todo mundo faz esta mesma pergunta. Um exemplo disso é o moço que foi o meu entrevistador quando eu tirei a minha cidadania americana. (Ah, sim, sou cidadã americana já! Olha que chic, bem?!) O cara tinha que me perguntar umas questões sobre os Estados Unidos, uma prova. Ele foi altamente profissional o tempo todo, no final ele me disse que eu passei, me parabenizou. E pra ser "amigável" ele me perguntou sobre a minha filha. Ele podia perguntar se ela se parece comigo, se ela gosta de desenhar, qualquer coisa! Mas ele me perguntou uma única pergunta, e foi justamente se ela dorme  noite toda. Quaaaaaaá!

- Tipo 2 - Aquela que só toca no assunto pra dizer que o(a) filho(a) dele é bem melhor porque dormiu sempre muito bem. Um exemplo aconteceu num voo, na última vez que fui pro Brasil e na volta sentei ao lado de uma mulher e sua filha adolescente. A menina era chata pra caralho, ela nunca tinha feito uma viagem internacional  na vida, mas porque estava ali viajando pros Estados Unidos, ela achava que estava com o rei na barriga e reclamava de tudo. Dos filmes que estavam disponíveis, da comida, da aeromoça, do avião, da almofada, da cadeira. E tudo pra ela era melhor no voo que ela pegou uma vez pra ir pra São Paulo. Foi difícil aguentar a tal menina reclamando alto de tudo. E a mãe dela me solta que quando ela era bebê, SEMPRE dormiu a noite inteira. Eu me segurei pra não dizer a ela que eu estava torcendo pra que quando a minha filha tivesse a idade da dela não fosse chata como ela. Melhor não discutir com as pessoas que estarão do meu lado durante 8 horas.

- Tipo 3 - Aquela que pergunta porque tem uma solução milagrosa. Seja o método de deixar chorar no berço sozinho no quarto escuro a noite toda, seja dando remédio, seja enfiando muito leite artificial.  Conheço uma senhora que é babá de um amiguinho da Liana, e ela quis me dar sugestão do que posso fazer pra Liana dormir mais e melhor. Ela estava bem intencionada, é verdade, mas o que acontece é que eu não pedi ajuda e, de fato, eu estou muito bem obrigada.

Porque as pessoas sempre tem que ficar perguntando se a Liana dorme a noite inteira? Se ela dorme ela é um bebê bonzinho. Se não, ela é o que? Uma criança má?? Não vai ganhar presente do papai noel no próximo natal? A minha filha é ótima, ela é esperta, inteligente, linda, divertida, carinhosa, e não dorme a noite inteira. Ela acorda as vezes. Algumas noites ela dorme e não me chama nenhuma vez. Mas ainda, com quase dois anos de idade, há noites que ela acorda.  As vezes uma vez só, as vezes mais, quando ela está doente. Mas estamos bem. Na verdade estamos ótimos!

E vou dizer aqui quando deixei de ter olheiras de cansaço: foi quando eu desencanei de querer que ela não acorde nunca mais a noite. Quando aceitei que é assim a natureza dela, que é normal, que tudo bem e que damos conta sim. Pronto, aceitar fez doer menos. Parou de doer.

Ter empatia por ela também ajuda. É claro que pra mim as vezes é difícil ter empatia, já que eu amo dormir, se eu puder eu durmo em qualquer lugar, a qualquer hora. E eu meio que esperava que a minha filha fosse hoje igualzinha ao que eu sou. Mas não é assim que funciona. Ela é uma outra pessoa, não uma cópia igual a mim. Talvez quando ela ficar adulta ela terá essa  paixão por dormir, mas talvez não.

A gente queria muito ter um bebê, mas pensávamos que seria uma criança que dormiria a noite inteira desde os 2 meses. Mas na verdade isso não é uma escolha, ela veio do jeito dela, sem a gente escolher nada. Do mesmo jeito que a gente não escolhe  a cor dos olhos, também não podemos escolher como será o padrão de sono dela.

Sigo feliz com a bebê que veio pra mim. Não vou devolvê-la na loja de bebês. Sigo dando peito porque ela tá feliz assim e eu também. E a noite, quando ela me chama eu vou lá, ela mama um pouco e depois dorme contente.

Só pra vocês verem como está a minha menina grande   :)

16 de março de 2016

Que tal fazer um desodorante em casa? (E que funciona!)

Da série "Nem só de Maternidade vive uma mãe", venho compartilhar aqui uma receita caseira de desodorante que funciona muito bem. Pra mim está funcionando muito mais que desodorante comprado.

Eu sempre tive uma invejinha da minha irmã. Ela nunca teve cecê (é assim que escreve?), e nunca em sua vida passou um desodorante. Já euzinha aqui suo demais e não tem desodorante que tire completamente o cheiro de suor. Valeu, genética!! Não to falando aqui que eu sou super fedida. No geral não sou. Mas depois de fazer exercício, se eu não tomo uma banho logo o cheiro do suor vem com força e fica aquela coisa maravilhosa, que é o cheiro de suor misturado com o de desodorante. Ninguém merece!

Daí vi esta dica de desodorante caseiro e pra falar verdade eu não botava muita fé. Mas resolvi experimentar e para a minha surpresa ele não só funciona, como é muito melhor que desodorante convencional. E olha que eu to usando ele pra ir na aula de zumba toda semana!

É muito simples, você só vai precisar de 2 ingredientes que muito provavelmente você já tem em casa:

- Álcool liquido
- Bicarbonato de sódio

Basta fazer uma pasta com esses dois ingredientes e pronto.

Eu deixo a pasta em um recipiente plástico com tampa e passo todos os dias nas axilas com o dedo. E aguento bem o dia todo. Com o tempo o alcool vai evaporando, então as vezes acrescento mais um pouquinho.

Que tal experimentar?

16 de fevereiro de 2016

Vejo que você está crescendo quando...

Liana,

Hoje eu reparei que eu nunca escrevi pra você. Eu sempre escrevo sobre você, mas hoje quero te dizer o quanto você está crescendo e isso me deixa muito orgulhosa da pessoa que você está se tornando. Mas fico com uma pontinha de uma tristeza saudosa, uma vontade de ter você bebezinha pra sempre. As vezes fico olhando pra você por muito tempo pra guardar na memória como você é agora, porque sei que daqui a um dia você estará maior e terá aprendido a fazer coisas diferentes que não fazia antes. Se eu pudesse eu empalharia algumas versões pequenas de você e deixaria outra versão grande e crescendo.

A cada dia eu me deparo com provas que você está crescendo:
  • Hoje mais cedo quando você me abraçou pelas costas e riu a gargalhada mais gostosa do mundo.
  • Ontem a noite você rasgou sem querer uma página do livro preferido do seu pai e disse "Oh noooo!!!" do jeito mais sincero e lindo que alguém poderia dizer.
  • Ontem a tarde quando você foi ao banheiro sozinha, sem eu nem perceber, tirou a calcinha, sentou no penico e fez xixi. Eu só notei quando escutei o barulho da água caindo e quando cheguei lá você me disse "papai". Então você pegou o penico e foi mostrar pro pai toda orgulhosa.
  • Durante esse inverno você teimou várias vezes em colocar uma sandália e depois de eu explicar que está frio você entendeu e escolheu uma bota quentinha. 
  • No fim de semana você parecia uma pequena adulta comendo guacamole apimentada que fizemos juntas. 
  • E quando você molha o pão na sopa, eu morro de amor!
  • Também tem quando você sopra a sua comida que está quente e espera ela esfriar.
  • Muitas vezes quero ficar te beijando e abraçando mas é você que decide quando quer ou não esse carinho.
  • Na sexta feira pegamos o metrô juntas e você se sentou ao meu lado, toda comportada e ficou sorrindo feliz por ter a oportunidade de se sentar no banco como uma pessoa grande.
  • Nesse mesmo dia quando você tirou a sua soneca eu olhei como você estava toda esticada dormindo na sua cama e reparei como você está grandona.
  • Nas últimas semanas você tem andado distâncias longas a pé. Apesar do frio você caminha toda destemida, por vários quarteirões até ver um cachorro e me dizer "au-au" e sorrir.
  • Nessas nossas andanças quando você cai, fala "opa", se levanta limpando as mãozinhas uma na outra e segue em frente. 
  • E quando você encontra um graveto no caminho você faz questão de pegar e se não consegue carregar você o arrasta com uma determinação que me deixa encantada.
Minha filha, muita gente fala horrores sobre o "terrible two" e eu estou achando muito linda essa fase que você está vivendo. Não tem nada de terrível em você estar se tornando um ser mais independente e autônomo, que tem suas preferências e vontades, e que adora explorar as coisas ao seu redor.

Quando você nasceu eu te achei o ser mais lindo do mundo, mas com 3 meses de vida eu percebi que você era ainda mais linda. E com um ano você ficou mais bonita. E agora com 1 ano e 8 meses você está ainda mais charmosa. Pode continuar crescendo, minha filha. Cresça em idade, sabedoria, tamanho e inteligência. O meu amor por você vai só aumentar também e a gente vai aprendendo juntas cada detalhe excitante sobre as novas fases da sua vida.

E a cada mês eu vou voltar e ver as fotos antigas e me lembrar de cada versão linda da Liana em tamanhos menores.

Uma versão pequena da minha Liana

1 de fevereiro de 2016

Como aprendi a amar minha menstruação

Nem só de maternidade vive um mãe. Então hoje vim aqui pra falar sobre a maior descoberta do ano de 2015 pra mim: o coletor menstrual. Porque coisa boa a gente tem que contar prazamigas!

Depois que pari a Liana fiquei 10 meses sem menstruar e foi maravilhoso não precisar de me preocupar com isso. Mas nesse tempo eu me lembrei dela, e sabia que ela não ficaria pra sempre sem dar as caras. E eu decidi que assim que meu ciclo menstrual voltasse, eu iria continuar trocando fralda só da Liana. Eu não iria mais usar absorvente comum, adotaria o coletor menstrual. Escolhi o Diva Cup, que é uma marca canadense, e o tamanho 2, porque eu já tenho mais de 30 anos e já tive bebê.

No primeiro ciclo eu ainda não tinha comprado o coletor, então usei absorvente externo. Mas assim que o segundo ciclo chegou eu já tinha estudado absolutamente tudo sobre o copinho, visto zilhões de videos e lido textos, estava com o copinho limpo e esterilizado, pronto para a ação. E antes do meu copinho chegar em casa eu já estava perdidamente apaixonada por ele. Cheguei a sonhar com ele, tamanha a empolgação e vontade de dar certo!

A minha relação com o copinho tinha que funcionar, porque se não seria uma grande decepção. Eis que depois de esperar mais de 40 dias - o ciclo mais longo que já tive na vida - a segunda menstruação pós-baby finalmente desceu. Fui inserir o copinho usando a dobra punch-down. O coletor tem a boca larga, seria difícil colocá-lo dentro da vagina sem dobrá-lo antes. Existem várias dobras e cada mulher tem uma dobra preferida. Algumas dobras tem o ponto de inserção menores, como é o caso da que eu escolhi, acho que isso facilita pra colocar.

Foi difícil mas consegui! Ele ficava me incomodando um pouco mas pensei que fosse normal. Tive um pouco de vazamento em um dia, me machuquei tentando colocar e tirar, alguma coisa me incomodava, mas ainda assim amei usar o coletor e dizer adeus ao absorvente comum.

No segundo ciclo com o coletor resolvi cortar a haste. Ela serve pra facilitar a retirada, mas não é tão necessária assim. Eu já tinha lindo que se o colo do útero fosse menor a haste poderia machucar. Mas eu achava que meu colo era alto. Depois vi que ele é médio na verdade. E também passei a usar a dobra meio-diamante, que é um pouco mais trabalhosa pra fazer, mas perfeita pra mim. Pronto! Nesse ciclo eu finalmente acertei tudo! Zero vazamento, mais fácil colocar, eu ouvia e sentia o coletor abrir dentro de mim e formar o vácuo, nada me machucava. Cheguei a esquecer que estava sangrando.

No terceiro ciclo com o coletor passei a dormir sem calcinha. Pensa na liberdade que um simples copinho pode nos proporcionar? É muita alegria e muito amor por ele!

Antes de usar o copinho menstruar pra mim era quase um castigo. Me deixava mal humorada, era uma dificuldade pra fazer coisas simples, como viajar e ir pra piscina. Eu nunca tinha gostado de usar absorvente interno, então ir pra praia durante "aqueles dias" era complicado. Já com o copinho eu passo até 12 horas sem precisar de tirá-lo, o que é fantástico durante uma viagem longa. Eu já fui com o coletor pra piscina, praia, fiz aula de zumba, andei a cavalo, viajei trechos longos de avião, e tudo isso sem pensar que eu estava menstruada. Desde que adotei o coletor, em quase todas as viagens que fizemos eu estava menstruada.

Pra mim a primeira principal vantagem do coletor menstrual é o fato de ele ser muito mais higiênico. Com o absorvente externo o sangue fica do lado de fora da vagina em contato com o ar, o que causa mal cheiro depois de um tempo. Além disso esse sangue fica em contato direto com a vulva da mulher, o que pode causar coceira. Trocar toda hora nem sempre é possível, então fica aquele troço fedido e que dá coceira ali em contato com sua pele. E o coletor ainda mantém a umidade natural do nosso canal vaginal. Hoje eu não consigo mais me ver usando absorvente comum. Acho muito nojento!

A segunda grande vantagem é o fato dele ser ecologicamente correto. Em cada menstruação são vários absorventes que vão pro lixo e o copinho pode ser utilizado por até 10 anos. É muita economia de material e de dinheiro também. Por mais que seja bem mais caro que os absorventes comuns, se ele for bem cuidado gera uma economia financeira a longo prazo. Taí a terceira vantagem, a do bolso!

Algumas mulheres relatam que o uso do coletor causa uma diminuição na quantidade do fluxo. Eu não sei se isso é verdade mesmo. Talvez seja porque o sangue espalhado em uma superfície reta pareça mais abundante que dentro de um recipiente. O fato é que comigo isso aconteceu. Quando eu usava modes, parecia que meu fluxo era como uma caudalosa cachoeira, e hoje eu vejo que ele é pouco. Tanto que eu não preciso de trocar mais que a cada 12 horas. Mesmo no dia de maior fluxo, o coletor dá conta do recado lindamente trocando só duas vezes por dia.

Pra quem quer saber mais, entre no grupo do facebook. Lá tem muitas informações, como onde comprar, como colocar e tirar, como limpar, artigos científicos, tudo isso aqui: Coletores Brasil. No youtube há muitos vídeos sobre o copinho, vale a pena ver principalmente os que mostram as diferentes dobras.



No dia de fluxo menstrual mais intenso, zero preocupação com menstruação









25 de janeiro de 2016

Tirando a poeira e teias de aranha


Oi.

Já faz tanto tempo que não passo aqui. Fico até meio envergonhada. Não sei explicar porque fiquei tanto tempo longe, sem postar. Falta de tempo não é desculpa. Acredito que quase nunca isso pode ser usado de forma verdadeira. O tempo a gente faz, pra tudo. Falta de assunto é que não foi também. Sendo mãe da Liana assunto é o que não falta. Cheguei a começar alguns rascunhos, mas não terminei.

Também quase não li os blogs que gosto de seguir. Nessas últimas eu passei meio rápido por alguns blogs dazamigas. Fiquei super-hiper-mega-feliz  com a gravidez de algumas queridas: CarolGabi, Mari, Naruna, Naty. Parabéns! E com a minha alegria tem uma vontadezinha de engravidar d@ segundinh@ também. Zinha nada: a vontade é enorme!

Mas temos planos pra essa segunda gravidez,  não é pra agora. E não vou escrever sobre isso neste post. Vou colocar aqui como estamos e algumas coisas bacanas que fizemos nas últimas semanas.

Liana ainda mama peito. E não é pouco! Ela ainda adora mamar e eu adoro amamentar. A livre demanda está um esquema bom pra nós duas então seguimos em frente. O mamá é ótimo principalmente para quando ela fica dodói ou cansada/estressada. É um conforto fácil e que sempre dá certo. Mas as mamadas tem diminuido sim, tanto a frequencia como o tempo de duração. Outro dia Liana teve que ficar com uma babá porque eu tinha um compromisso importante. Almoçamos nós três juntas, daí eu fui me arrumar e as duas ficaram brincando. Antes de sair eu ofereci mamá e ela nem olhou pra minha cara. Me jogou um não e só. Isso me deixou meio tristinha por um momento. Mas depois eu fui embora mais tranquila, sabendo que a minha bebê crescida estava bem.

Liana ainda tem alergia a leite, então estamos firmes e fortes na dieta sem leite e derivados pra nós duas. As vezes eu sinto saudade de comer um queijinho, pizza, pão de queijo. Mas no geral é tranquilo levar a dieta.

Ela ficou na casa dos 10 kg por 6 meses - de 11 até os 17 meses. Mas nesse período cresceu tipo pé de abóbora e também se desenvolveu bastante. Ela deixou de ser mais redondinha como o pai e passou a ser mais "fina" como a mãe.

O nosso Reveillon foi maravilhoso! Passamos aqui na Gringa mesmo com a família do maridex e com amigos queridos. Liana ficou acordada até 11 da noite e eu quase dormi com ela. Mas queria ver a virada, e consegui!

Nos primeiros dias do ano viajamos pra Miami e achei legal finalmente conhecer um pouco dessa cidade que já passei uma 20 vezes, mas nunca sai do aeroporto. Faço conexão lá sempre que vou ou volto do Brasil, mas nunca fiquei na cidade. E Miami é o paraíso dos brasileiros. É Estados Unidos mas com o clima quente, ideal pra brasileirada passear. E antes de embarcar vi no facebook que uma pessoa que conhecia estaria lá na mesma época. Pensei que seria perfeito se a gente pudesse se encontrar! Então lá encontrei a Myriam, do blog Mãe no País das Maravilhas. Foi tão legal! Adorei poder a conhecer pessoalmente, ela é uma pessoa muito bacana! Engraçado como só de ler o seu blog eu me senti já amiga dela mesmo. Então foi como encontrar uma amiga querida, com o detalhe que de fato a gente nunca tinha se encontrado pessoalmente. A irmã dela e o marido também foram, e eles são bem simpáticos. O Noah é muito lindo e o Daniel, ele é um fofo! Achei ele muito bonzinho, menino fácil de trocar uma ideias, e a Liana também curtiu muito a companhia dele. Foi tão bonitinho ver a Liana querer imitar tudo o que ele fazia, pegar na mão dele pra andar.

Myriam, muito obrigada! Foi realmente ótimo te conhecer pessoalmente!!

A cada dia a Liana nos surpreende com uma coisa nova que ela aprende. Ela ama música: dança e canta que é uma gracinha. Algumas das suas músicas favoritas são: Gloria in excelsis Deo e a 1812 do Tchaikovsky.

Quando vamos a missa aos domingos ela sempre canta junto com os outros fiéis. Aqui um videozinho dela cantando na missa.


É fofo ou não é?!

Para este ano algumas das minhas resoluções são publicar mais aqui no blog e ser mais desapegada com coisas. Já comecei bem! Estou publicando este post agora e na semana passada joguei no lixo uma calça de moletom que eu tinha desde os meus 15 anos (hoje tenho 33!), ela estava toda relaxada e eu ainda usava mesmo com ela caindo. Ela era bem confortável pra dormir, macia, usei tantos anos, até durante a gravidez... mas desapeguei!!! Ufa!

Pra finalizar este post, algumas fotinhas recentes da minha Monstrinha.









Pronta pra praia!


Dando boas vindas ao inverno!