31 de dezembro de 2013

Ciclos começam, terminam

Sei que não é todo mundo, mas eu adoro esta época de Natal, ano terminando, outro ano começando. A vida é assim formada por ciclos e acho legal demais passar por eles. Todo mundo fazendo planos cheios de esperança, analisando as coisas boas e ruins que aconteceram neste ano de 2013. E por aqui não é diferente.

Estou na casa da minha família, junto com as minhas irmãs, meus pais, minha sobrinha tão linda e meu tão amado maridex. Só tenho que agradecer por ter tido um 2013 tão maravilhoso, agradeço a Deus pela família que tenho, pelos meus amigos, pela Sementinha que está dentro da minha pança, pelo meu trabalho, pelas viagens que fizemos a tantos lugares incríveis... É tanta coisa maravilhosa! E que venha 2014 com força total! Em qualquer lugar do mundo que estivermos, que sejamos muito felizes!

O finzinho deste ano fiquei tão, mas tão feliz com o positivo da Nana, com a chegada do biscoitinho no forninho, o biscoitinho mais esperado da blogosfera, como todos dizem! É engraçado  como fiquei emocionada sendo que nunca nem vi a Nana, mas essa é outra coisa pra agradecer! Esses amigos da Blogosfera que já moram no meu coração. Fico aqui torcendo pelo positivo da Determinada, da Lyanna, Mima... Meninas, fé em Deus e continuem tentando! Espero que 2014 venha com várias novidades boas a todos nós!

Um 2014 de muita paz!

Encerro o ano com uma música do Roberto:

"Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo"

http://www.youtube.com/watch?v=7l0SQ80D7m0



21 de dezembro de 2013

O sexo da Sementinha e Apendicite!

Quando eu comecei a tentar engravidar, nos dois primeiros ciclos tive certeza que estava gravida e não estava. Daí quando engravidei de verdade eu tive certeza que eu não estava grávida, e... eu estava! Depois do positivo eu tinha certeza que a Sementinha era menino, e advinhem? É menina!

Na quarta passada esta notícia foi a primeira surpresa do dia durante o ultrassom, mas não foi a última. Como eu tinha dito em um post anterior (aqui) eu estava com uma dorzinha estranha do lado direito que estava me preocupando um pouco. Pois no ultrassom descobrimos a causa da tal dor: era apendicite! Já antes de começar o US eu já falei para a técnica sobre essa dor. Ela tentou ver se tinha algo errado do lado direito da minha barriga e não viu nada. Ela mexia bastante com o aparelho e doía pra caramba. Daí ela fez as medidas necessárias do bebê e viu o sexo da Sementinha e nos disse: "É menina, parabéns!".

Depois veio uma médica, que confirmou o sexo, também buscou bastante o que tinha no meu lado direito, e nada. E eu ainda com a danada da dor a cada vez que o aparelho me apertava! Chega mais uma médica. Ela só precisou de 30 segundos pra nos dar a segunda surpresa do dia: "Você tem apendicite. Sei que agora você tem uma consulta com o ginecologista, então aguarde que vamos terminar o relatório da US, colocarei sobre o seu problema e o médico te dará as instruções. Mas já te adianto que você tem que ser operada. Aqui está a foto do seu apêndice".  E ela nos dá a foto de uma coisa branca borrada estranha que colocamos junto com as fotinhas da Sementinha. Choque. Eu e maridex totalmente atordoados.

Pegamos o relatório e fomos para a clínica da minha GO, que fica no mesmo andar do local da US. Antes do GO chegar na sala de consulta o maridex me disse que ele poderia entrar em contato naquela hora com alguns dos nossos amigos que são médicos, pra algum deles nos indicar um bom gastro. Mas foi rápido, o GO que ia me consultar chegou, ele já sabia da minha apendicite e me disse que ele estava ligando naquele momento para o hospital (o mesmo que eu terei o meu parto), a GO da clínica que estava de plantão no hospital estava sendo avisada sobre o meu caso, e o pessoal da recepção do hospital já estava sendo avisado também.

Parêntesis para uma breve explicação de como funciona aqui o esquema dos GO (pelo menos comigo é assim e com a minhas amigas gringas que já pariram aqui): a minha GO trabalha nesta Clínica que tem outros 14 GOs ao total. Desses, 8 são obstetras (todas mulheres) e fazem parto neste hospital, que é a melhor maternidade da cidade, uma das melhores do país. Durante o meu pré-natal eu serei atendida por todas as obstetras que fazem parto. No dia que for o meu parto uma dessas obstetras estará de plantão no hospital, e será ela que fará o meu parto. Se o meu trabalho de parto for longo eu poderei ser atendida por mais de uma obstetra. Até agora conheci 2 delas, além da minha, e adorei todas.

Bom, voltando, eu e maridex fomos pro hospital a pé. Foi pouco mais de 5 minutos de caminhada, o hospital é bem pertinho, e foi legal andar por toda neve até chegar no hospital. Detalhe: frio de uns -7 graus. Beleza! No caminho fomos pensando em todas as possibilidades, operar no Brasil, não ter que operar, trocar a minha passagem que era pra aquele mesmo dia, fazer um exame que diga que eu não tenho apendicite coisa nenhuma... eram muitas as possibilidades!

Chegamos no hospital, na recepção da ginecologia a recepcionista já me perguntou: "Você que é a Rita? Venha comigo!", e me levou pra emergência. O enfermeiro mediu minha temperatura, pressão e batimentos cardíacos, tudo estava ótimo e normal. Ele nos levou para um quarto na emergência e lá outra enfermeira me pediu pra vestir a camisolinha do hospital super charmosa (sqn!), colheu meu sangue para exames, colocou soro na minha veia e me fez várias perguntas para preencher o formulário, me explicou que eu não poderia comer nem beber nada e que médicos iriam me visitar em breve. Explicamos pra ela que eu tinha um voo naquela mesma noite, que eu planejava ainda ir pro Brasil.

Na emergência tivemos a visita de uns 5 médicos, todos muito simpáticos. Quase todos nos falavam pra já cancelarmos o meu voo pro Brasil, mas o chefão da Emergência disse que era melhor esperarmos pra ter certeza que era apendicite mesmo, que eu teria que operar e só aí cancelar as minhas passagens. Essa era a minha opinião também! É que sou uma pessoa muito otimista... Ele também nos disse que ele escreveria uma carta para entregarmos na Cia aérea, dizendo da minha internação no hospital, e assim eu não pagaria taxas no caso de cancelar/trocar as minhas passagens.

Depois de pouco mais de uma hora o resultado do meu exame de sangue ficou pronto no laboratório. Meus glóbulos brancos estavam dentro da taxa normal, o que não indicava infecção. Nessa hora um dos médicos que nos deu a notícia disse que eu precisaria de fazer uma ressonância magnética (MRI), era o exame mais seguro pra Sementinha, pois não tem radiação. Mas eu teria que esperar bastante porque muita gente estava já esperando pra fazer a MRI e é um exame muito demorado. Eu nunca tinha feito, mas sempre assisti o seriado Dr House, e o MRI parecia ser tão simples e rápido. O doente fica dentro daquele tubo gigante, são tiradas umas fotinhas e pronto. Ah, mas a gente não pode acreditar em tudo que vimos na TV!

Esperamos por muito tempo, ainda na sala da emergência. Ainda bem que era um quarto só pra mim e maridex. O mais difícil era ficar sem comer nada. Eu fiquei totalmente esfomeada, mas eu entendia que não podia comer nada porque provavelmente teria que fazer a cirurgia. Chegamos no hospital por volta de 10:30 am. Fui fazer o MRI mais de 5:00 pm.

Pra fazer o exame tive que me deslocar, e eu pensei que eu iria andando, afinal eu estava super bem (tirando a fome)! Não tinha dor nem nada, só doía quando tocavam na minha barriga. Mas não! No hospital tem um tal de Setor de Transportes, que são pessoas que levam os pacientes para onde eles tem que ir. Eu já estava me levantando da cama pra ir, quando vejo aquele negão na minha frente (não posso falar isso aqui na Gringolândia, que é politicamente incorreto, mas no Brasil podemos falar, era um homem enorme!). Eu falei pra ele que não precisava de ele se incomodar, que eu iria andando mesmo, porque eu estava me sentindo ótima. Ele disse que não, ele estava lá pra isso e ele ia me levar sim. Eu disse que dessa forma ele ia me fazer eu me sentir assim, meio... me fugiu as palavras e ele me perguntou: "Ah, você se sentirá uma paciente em um hospital? Sinto muito, mas é isso que você é!". Ah Ele venceu, foi me levando, empurrando a minha cama. E eu ali, deitada me sentindo uma princesa doente.

Depois de ser levada na minha cama por várias pessoas, pra lá e pra cá, eu fui me sentindo cada vez mais imprestável inútil, uma verdadeira paciente internada no hospital...

O MRI durou quase uma hora, é horrível ficar sozinha dentro daquele tudo branco gigante por tanto tempo. Quem é claustrofóbico deve quase morrer pra fazer o MRI. Depois desse exame ganhamos um quarto no oitavo andar. Que quarto ótimo! Era suite, na TV tínhamos várias opções de filmes pra assistirmos, além de canais normais, clips de músicas... A minha cama era a mesma que tinha na Emergencia, e a cama do maridex era péssima, basicamente uma poltrona que reclina. Lá eu tinha uma enfermeira que checava os meus sinais vitais a cada 3 horas e outra que cuidava do meu soro, dos antibióticos no soro, do meu xixi. É que eu tinha que fazer xixi num penico acoplado dentro do vaso pra ela medir a quantidade. Achei bem legal saber a quantidade que eu fazia a cada vez!

A enfermeira me disse que o nosso médico cirurgião estava numa cirurgia longa e complicada, mas assim que ele terminasse subiria pra conversar conosco. Eu e maridex decidimos dormir de conchinha na minha cama. E as 11:00 pm chega o cirurgião pra conversar. Acordamos, conversamos, e pra mim foi bem difícil, era muita fome, cansaço e sono. O cirurgião foi muito simpático, atencioso e sincero, explicou os detalhes e riscos dos 2 tipos de cirurgia que existem. Uma é a mais comum atualmente e moderna, a laparoscópica, que me dá só 3 furinhos, quase não deixa marca, mas eu tenho que tomar anestesia geral. A outra, tradicional, me deixa com corte, mas a anestesia é epidural. Escolhemos a segunda por ter menos risco pra Sementinha, por conta da anestesia geral. O cirurgião prometeu que tentaria me deixar com a cicatriz mais bonita possível. Ele ainda teria que fazer uma cirurgia antes da minha. Disse pra gente descansar e eles nos chamariam e nos levariam pra sala de cirurgia.

Dormimos na medida do possível, os dois na minha maca de conchinha.  A cada 2 ou 3 horas alguém entrava para trocar soro, medir sinais vitais, essas coisas. Até que às 5 am de quinta feira fomos chamados para a cirurgia. Fui levada na minha caminha empurrada e o maridex como sempre do meu lado, forte, mostrando uma tranquilidade absurda, e um carinho apaixonante. Como que ele conseguiu ficar assim o tempo todo eu não sei. Ele me disse depois de tudo passar que foram as horas mais difíceis e angustiantes da vida dele, e ele sentiu que ele tomou a decisão mais importante da vida: pelo tipo de cirurgia. E deu tudo certo!

Bom, entrei na sala de cirurgia, a última coisa que lembro foi do anestesista me dando aquela injeção nas costas, que por sinal doeu bem menos do que eu pensava, e ele me disse que o sono que eu estava sentindo era normal. Apaguei. Não vi mais nada.

Quando eu acordei já devia ser mais de 8:00 am, eu já estava operada, meu apendice foi retirado com sucesso, a minha barriga doia e eu estava com aquele sono absurdo. E lá estava meu marido do meu lado! E as enfermeiras dizendo que estava tudo bem. 

Fui levada pro quarto, ainda dormi um pouco, e depois a melhor noticia nesses dois dias, que eu já poderia comer, obaaa! 

Deu tudo certo, o meu apêndice estava bem inchado e inflamado, e ele estava bem do ladinho do meu útero e bexiga, por isso que doía quando eu fazia o numero 1 no banheiro. Senti dor o dia todo no hospital, mas não quis analgésico, só tomei na hora de sair. Sai do hospital depois de 12 horas da cirurgia. Fui levada até a porta de saída por uma senhora simpática que empurrou a minha cadeira de rodas. Ela se disse honrada por ter me dado carona de cadeira de rodas pela primeira vez na minha vida. Ontem em casa descansei bastante, tive consulta com o GO só pra ouvir os batimentos da Sementinha, e tá tudo ótimo com ela graças a Deus! Estou sendo muito bem cuidada pelo maridex e pelos nossos amigos aqui na Gringolândia. 

O nosso natal será bem diferente do planejado. Meu primeiro Natal longe da minha família, longe do Brasil, meu primeiro Natal Branco, no inverno gelado daqui de Boston. Mas estou tão feliz, me sentindo tão abençoada por ter a minha Sementinha dentro do meu ventre, por ter o melhor marido do mundo, que foi tão maravilhoso nesses últimos dias, cuidou tão bem da gente, foi tão forte e sábio, principalmente nos momentos de tomar decisões. Tive um problema se saúde que poderia ter sido super grave, mas tive ótimos profissionais tratando e cuidando de mim. Todos médicos, enfermeiros e demais pessoas do hospital me trataram super bem, com respeito, bom humor, com amor até. Foi tão lindo receber tanto carinho de todos eles! As enfermeiras que chegavam já me davam os parabéns pela baby girl e diziam sentir muito por eu não estar indo pro Brasil. E os amigos que temos aqui, eles estão cuidando de mim como se eu fosse a mais importante membro da família deles! Teremos um natal especial, ao lado de pessoas especiais, pessoas do mundo todo, alguns que nem são cristãos, nem comemoram natal, mas estaremos juntos, felizes e unidos.

Depois do natal embarcamos finalmente para o Brasil na sexta feira que vem. Sábado chegaremos no Brasil e teremos um segundo natal com a nossa família brasileira. 

Uau, to vendo que escrevi muito! Se você chegou até aqui, muito obrigada pela atenção! Só quero terminar dizendo que estamos muito bem. Feliz Natal a todos! Seja com panetone ou sem, com peru ou sem, com presentes ou sem! (E com apêndice ou sem, rs!) O mais importante é sermos felizes, estarmos junto com pessoas que nos façam bem.

18 de dezembro de 2013

BC: Dos casos escabrosos que se contam para as grávidas

Esta semana fui eu que escolhi o tema da BC Futuras Mamães! E a Rafaella já escolheu o tema da semana que vem.

Tem gente que não pode ver uma grávida que já lembra de histórias horríveis que aconteceram com alguma outra grávida. As vezes são até casos verídicos, outras vezes é algo que ocorreu com a conhecida do primo da vizinha da tia. De toda forma, essas pessoas não conseguem ficar caladas, tem que dividir com a grávida a desgraça alheia.

Entre os meus amigos aqui na Gringolândia até hoje ninguém quis dividir uma dessas comigo. Mas outro dia tive que ouvir por skype 2 histórias de uma só vez, ambas contadas pela minha irmã.

A minha irmã é uma das minhas melhores amigas, ela tem já uma filha super fofa, a minha sobrinha Alice, quando ela ficou grávida ela ouviu histórias escabrosas e achou ruim, e ainda assim ela me contou esses acontecimentos que se passaram com pessoas que ela conhecia.

Primeiro a minha irmã me pediu pras tomar muita água pra não ter infecção urinária. Faz cerca de 5 anos que eu me policio pra tomar bastante água sempre, desde que eu tive infecção urinária pela primeira vez. Eu sei como é sofrido, e sei que se eu ficar tipo 2 dias sem tomar água a dorzinha já começa a aparecer. Eu já sei que na gravidez isso é ainda pior, porque o corpo da gente muda bastante com o bebê e os hormônios. Mas comentei com ela que está sendo meio difícil, principalmente de manhã, porque me dá um enjoo danado. Antes dos enjoos aparecerem eu costumava tomar meio litro de água ao acordar, era sempre a primeira coisa que eu fazia de manhã. E essa dica quem me deu foi a minha irmã, depois que ela teve uma infecção urinária bem grave, antes de ela engravidar. Mas com a gravidez não consigo tomar água como antes, infelizmente.

Primeiro ela me disse que ela também parou de tomar tanta água ao acordar. Como eu, se tomava, vomitava. Mas depois ela me contou dessa moça que ela conhece que tem um caixão, que foi comprado pra ela quando a sua família tinha certeza que ela estava morrendo. Ela estava grávida, teve uma infecção urinária que se alastrou. No final ela perdeu o bebê e o útero, quase morreu e ganhou o caixão que ela guarda de lembrança até hoje. Sinistro!

Daí o  assunto enjoo já puxou outra história, dessa vez sobre a filha de sua colega que sentiu enjoo durante a gravidez inteira, vomitou todos os dias por 9 meses, e só parou de vomitar depois do parto. E quando ela estava de 9 meses ela pesava menos que quando ela se casou, uns anos antes.

Daí pensei: que incentivo, heim?! Com uma irmã sem noção dessas quem é que precisa de inimigos?! Não fiquei com as esses dois causos na cabeça, eles não mexeram muito comigo. Mas eu podia ter ficado sem eles, seria bem melhor pra mim.

17 de dezembro de 2013

Divagando sobre o sexo da Sementinha

Heis que amanhã faremos o ultrassom que poderá nos mostrar o sexo. Continuo tranquila, quero saber com certeza se é Sementinha ou Sementinha, mas não to pirando por causa disso.

Eu ficarei bem feliz se for menina ou menino. Ambos são legais, é claro! Mas tenho um palpite, acho que é menino. É porque na minha família somos 4 irmãs, é muita mulher! E temos já uma neném na família, a minha sobrinha Alice. Então fico querendo ter um filhinho pra botar um homenzinho nessa família. Então meu palpite nem é um palpite, é que torço por um menino pra alegrar o meu pai. Além disso tem o fato de eu saber exatamente o dia que ovulei, e namoramos no exato dia, o que aumenta um pouco as chances de um girino Y ter chegado antes no óvulo.

O maridex não tem palpite, mas a mãe dele tem sim. A minha sogra quer muito uma menininha, porque ela tem 2 filhos, então uma menina a deixará bem feliz. É engraçado que ela nos sugeriu um monte de nomes já, todos de menina. Eu não disse pra ela que eu tenho o palpite de ser menino.

Nossos planos por aqui são de saber de manhã o sexo e não contar pra ninguém. Daí contarei no Brasil pessoalmente na quinta feira pra minha família e aí sim contaremos pra todo mundo.

Na verdade to meio agoniada com outra coisa, to com uma dorzinha chata do lado direito na parte de baixo da barriga. Duas semanas atrás eu já tive essa dorzinha e por isso fui no médico numa consulta de emergência. Ele ficou com receio de ser apendicite, mas não é. Ouvimos o coração do bebê, tudo certo. Ele apalpou, tudo certo. Fiz um exame de urina, tudo certo. Do mesmo jeito que veio, passou. Mas há 2 dias a dorzinha voltou e ela tá mais forte. Nessas horas a melhor coisa é ter médico na família. Liguei pra minha irmã quase médica (ela se forma no ano que vem) e ela disse que a US poderá dizer o que é isso. Então estamos esperando pela US de amanhã. As vezes fico tranquila, penso que não é nada já que fui no médico já por causa disso e estava tudo certo. Mas as vezes me dá medo de ser algo sério, que me impeça de viajar amanhã.

Mas não vou sofrer por antecipação. Ainda tenho um monte de coisas pra arrumar pra minha viagem: terminar de arrumar as malas, empacotar presentes, fazer as minhas unhas... Hoje farei tudo isso e amanhã cedo iremos fazer a US. Está nas mãos de Deus e Ele sabe o que faz.

11 de dezembro de 2013

BC, tema da próxima BC e "otras cositas mas"

Antes de mais nada quero parabenizar as mamães que estão já com as crias nos braços: a Naty, Mariana e Lalah.  Parabéns, mamães! Desejo muita saúde e muito leite pra vocês! Todas elas participavam da BC Futuras Mamães e agora não poderão participar mais por motivo mais que ótimo. Tem também uns bebês que estão já no segundo tempo, outros indo pra prorrogação, como os da Suzy, Adrielle e Érica. Pra vocês, meninas, fiquem calmas e confiem!

Pra BC Futuras Mamães continuar tem umas gravidinhas novas no pedaço que já podem começar a participar também! Vamos lá, meninas! É tão bom compartilhar informação sobre a nossa gravidez com outras grávidas.

O tema da BC desta semana foi escolhido pela Águeda do Blog Mamãe Guida e Papai Wan : "Como estão os inchaços na gravidez?". Quero agradecer a Águeda que me indicou pra escolher o tema da próxima semana. Muito obrigada, querida! Pra semana que vem pensei num tema que pode ser  engraçado mas ao mesmo tempo pode também assustar muitas futuras mamães: "Histórias escabrosas que já me contaram sobre gravidez". É que  tem gente que não pode ver uma grávida que adora contar coisas ruins que aconteceram com outras grávidas. É horroroso! Quero saber se as gravidinhas já passaram por isso, e quais as piores situações.

Também tenho que apontar quem será a grávida que escolherá o tema da semana seguinte. Como disse antes, muitas participantes da BC já não estão mais grávidas, outras quase parindo. E tem também algumas meninas que não estão participando com assiduidade. Isso dificulta um pouco a minha escolha... Mas to escolhendo a  Rafaella do blog Rafaella na Maternidade, conheci o blog hoje e já estou a escolhendo!

Agora, vamos ao tema de hoje. Por aqui até agora não tem inchaço nenhum, thank God! Aliás, nem a minha barriga inchou direito ainda. Ela só parece maior no dia que tenho prisão de ventre, rs! Mas já li sobre o assunto no livro "What to expect when you are expecting", algumas dicas podem ajudar quem está passando por isso ou ainda irá passar. De acordo com o livro, cerca de 75% das grávidas têm inchaço em algum momento da gestação. Os fatores mais comuns que contribuem pro inchaço são calor excessivo (tipo verão no Brasil!), manter-se por muito tempo em pé ou por muito tempo sentada. Não é um problema grave, só mesmo na hora de colocar um sapato fechado mesmo. As dicas para amenizar o problema:

- Se você trabalha em pé ou sentada por muito tempo, tire um descanso durante o seu trabalho (se em pé, sente-se um pouco, se sentada, levante-se um pouco). Além desse descanso de mudar a posição, tente caminhar por 5 minutos algumas vezes durante o dia;
- Sempre que puder, coloque os pés pra cima;
- Tente descansar e dormir de lado;
- Na hora de escolher um sapato opte pelo conforto e não pela beleza (na minha opinião sempre há como aliar os dois!);
- Faça exercícios, como caminhadas ou, ainda melhor, natação ou hidroginástica. A pressão dentro da água ajuda muito a acabar com o inchaço;
- Beba muita água;
- Use sal com moderação. Não precisa de cortar totalmente, mas use bem pouco;
- Use meias de compressão.

Eu sempre tenho os meus pés inchados quando viajo de avião por muitas horas. Por isso já tenho um par de meias de compressão que vão até os joelhos, e sempre as uso pra viajar. Na próxima quarta feira embarco para o Brasil e  serão14 horas de avião ao total, sendo 3 voos diferentes. Então, meias pra que te quero! E... Brasil, me espere que to chegando, SEU LINDO!!!

Eu vou viajar algumas horas depois de fazer um ultrassom que estou aguardando fazer desde antes de ter engravidado... É que provavelmente conseguiremos ver o sexo da Sementinha! Saberemos se afinal é Sementinha ou Sementinho! Estou bem animada, quero muito saber, mas é engraçado como estou bem menos ansiosa do que pensei que eu fosse estar. Feliz!!!

9 de dezembro de 2013

A primeira viagem da Sementinha

Na semana retrasada foi o principal feriado aqui da Gringolandia, o Thanksgiving. É celebrado por mais pessoas que o Natal ou Páscoa, porque estes são comemorações religiosas, já o Thanksgiving é comemorado por cristãos, judeus, mulçumanos, ateus... Não importa o seu credo, na última quinta feira de novembro as pessoas se reúnem com seus familiares ou amigos e todos agradecem pelo último ano.

Este ano fomos passar o Thanksgiving com a minha sogra e meu cunhado que moram no Arizona. Foi a primeira viagem longa de avião que fiz com a Sementinha dentro do bucho. Os voos tanto de ida quanto de volta duraram cerca de 5 horas e foram bem tranquilos. Não foi a minha primeira vez no Arizona, mas eu percebi desta vez que a cultura lá é bem diferente. A Gringolândia é como o Brasil, cada Estado ou região tem sotaques e jeitos diferentes.

Em Boston as pessoas caminham muito. Ter carro é geralmente desnecessário e mesmo quem tem anda muito a pé e usa sempre transporte público. E o jeito que a cidade funciona, e eu acho bom pra nossa saúde e pro meio ambiente também a gente não usar carro próprio. Já em Tucson e Phoenix todo mundo tem que usar carro, o transporte público não é tão eficiente, tudo é longe.

No quesito alimentação  pra mim tentar comer de forma  saudável por aquelas bandas é uma tarefa bem difícil. Tem menos opções de restaurantes com comidas saudáveis, e fast food eu vi a cada esquina. E quando eu pedia pra ir num restaurante saudável a minha sogra sugeria cada opção... Era triste! Uma das piores refeições pra mim foi um almoço num restaurante indiano. Eu geralmente adoro comida indiana, mas como tem muito molho picante e bastante curry, me dá muita azia depois. Além disso geralmente só de pensar em comida assim já fico meio enjoada, mas comemos lá e mais tarde eu passei mal. Vomitei no meio da rua, na calçada. E o vômito tinha cor de molho curry. Ecaaaaa!

Como a minha sogra mora bem longe, não a vemos com muita frequência. Ela esteve conosco em Boston  poucas semanas antes de eu engravidar, mas na semana passada foi a primeira vez que estivemos juntas pós positivo. Uma das metas da vida dela é ser a melhor sogra do mundo, e devo dizer que ela é bem esforçada nessa tarefa. Ela diz pra todo mundo que eu sou a filha que ela sempre quis ter (ela tem dois filhos homens), me trata sempre muito bem, desde a época que namorávamos. Quando o maridex pediu a minha mão em casamento ela disse aos quatro ventos que ela estava muito feliz. Ela conta do nosso casamento como o dia mais feliz da vida dela. Fofo né?!

Mas é como me disseram um dia no Brasil, o ideal é morar longe o suficiente das sogras pra não ter que ir visitá-las de chinelos e perto o suficiente pra não ir com mala. Acho que esse é o problema que nós temos com as 2 sogras: moramos muito longe de ambas, temos que ir com mala! E agora então que to grávida chata, impaciente, cansada e enjoada é pior ainda. Ela que já me tratava bem demais, mas na versão grávida só falta me carregar no colo. No final da viagem isso já estava me cansando! Mas tentei ficar mais paciente e receber o carinho dela. Depois de uma semana de viagem foi ótimo voltar pra casa e dormir na nossa caminha.


4 de dezembro de 2013

BC: "Cuidados com a pele durante a gestação, quais são os seus segredos?"

Depois de alguns dias sumida volto pra participar da BC Futuras Mamães desta semana, que tem o tema proposto pela Adrielle do Blog Doce Vida. Fiquei sumidinha porque eu e maridex viajamos na semana passada e foi impossível blogar. Mas aqui estou de volta! E amei o tema, porque as estrias me preocupam demais, e as espinhas também!

Acho que ambos problemas têm uma enorme influencia genética. Eu já tenho muita tendência a ter espinhas, meu rosto tem a pele extremamente oleosa e antes de engravidar eu usava alguns produtinhos com ácido que agora não posso mais. Então estou lavando o rosto 2 vezes por dia com sabonete próprio, o que ajuda muito, mas ainda assim pipoca umas indesejadas espinhas sempre. Nunca sai da adolescência quando o assunto é espinhas e cravos... Também uso filtro solar pro rosto (mas não passo todos os dias, falha minha).  Mas é complicado porque aqui na Gringolândia o inverno tá chegando e ao mesmo tempo a pele fica ressecada, principalmente os meus lábios. Então é manteiga de cacau com filtro solar nos lábios toda hora.

Estrias eu tenho já no bumbum, isso aconteceu naquela fase de crescimento que eu tive aos 16 anos. Elas não me incomodam tanto, mas também não quero aumentar a minha coleção, né?! Então mesmo antes de engravidar eu já tinha comprado o Bio Oil, que tem como principais ingredientes o Óleo mineral, de calêndula, lavanda, camomila e alecrim, além de vitaminas A e E. Ele não só previne estria como é ótimo hidratante e dizem que também ajuda pra manchas e marcas na pele. Então eu já estava usando ele antes, mas por outros motivos. Daí com a gravidez comprei a manteiga de cacau da Palmers que tem uma textura ótima e gosto muito do cheiro. Descobri que qualquer creme com manteiga de cacau ajuda a evitar estrias, então também comprei o creme com manteiga de cacau da Body Shop. Mas não gosto muito do cheiro dele, por isso quando o uso coloco um perfume pra disfarçar.


Meus produtos pra evitar estrias
Agora deixo a dica pra quem acabou de descobrir a gravidez: se você não tiver alergia ao creme/óleo, passe ele desde o dia que souber do positivo! Eu passava, mas só de vez em quando, não todo dia, as vezes dava preguiça... O fato é que a barriga pode até demorar a crescer. Eu por exemplo estou de 15 semanas e até agora ela não parece barriga com neném dentro. Mas as peitolas, elas literalmente cresceram de um dia pro outro. Eu acho que estava na sexta ou sétima semana, fui dormir com os peitos pequenos e acordei com eles enormes! E fui observar no espelho, encontrei filhotinhos de estrias nas 2 peitolas, o que me deixou um pouco tristinha no dia. Não sou muito vaidosa, mas eu preferiria que elas não aparecessem, é claro. Vale dizer aqui que nos seios devemos passar os cremes sem passar nos mamilos. Eles não podem ficar hidratados, só a pele em volta.

Eu não acho que precisamos de gastar horrores com cremes. O Bio Óleo por exemplo aqui na Gringolândia é bem baratinho, assim como o produto da Palmers. Quem não quiser gastar muita grana, compra o óleo de amêndoas na farmácia, que será ótimo, com certeza! Mas aí quando for passar, acho bom passar não só nos seios e barrigas, mas também bumbum e coxas. Eu sempre fui muito magrela, antes de engravidar estava com 55 kg, mas em 3 meses de gravidez ganhei 3 kg. Confesso que estou bem chocada com esses 58 kg assim, sem ter cometido nenhum exagero na alimentação. Mas vejo o meu corpo e percebo que a barriga tá um pouquinho maior só, grande parte do peso a mais está na minha  bunda, coxas e peitolas. Então passo creme em tudo!



21 de novembro de 2013

BC da semana e resultado do Ultrassom

A Blogagem Coletiva desta semana é com quem deixaremos o bebê depois da Licença Maternidade (LM) e foi sugerida pela Suzy, do Blog Pensamento Materno. Bom, no Brasil eu sou Funcionaria Pública Federal, então lá tenho direito a 6 meses de LM com o meu salário integral. Parêntesis: estou de licença sem remuneração por 3 anos e provavelmente renovarei pelo mesmo período. Essa LM de 6 meses e tão boa comparada com o que temos aqui na Gringolândia, que quando  nos casamos e eu me mudei pra cá, falei pro maridex que filhos só teríamos no Brasil. Além de aproveitar a Licença, o Brasil é o meu pais, eu gostaria de "parir em português". Mas aí cheguei em Boston e aqui vi que eu não preciso de lutar pra ter um parto digno, ninguém e cesarista, há respeito, e aqui temos uma das melhores maternidades do país (quem sabe do mundo). Além disso, e mais importante, é que a vontade de ter filhos foi aumentando em mim e no maridex, então começamos a tentar antes de nos mudarmos pro Brasil.

Aqui babá e tão caro que você tem que ser extremamente rico pra ter uma (por isso que um monte de brasileiras vem pra cá pra ser babá).  E berçário (Day Care) só vale a pena se o seu salário for muito bom, ou você coloca num Day Care mais simples. Temos amigos que nos dizem que quase 100% do salario da mãe ou do pai vai pro Day Care. Pra mim isso não tem sentido! Pra que trabalhar se todo o seu salário vai pra alguém cuidar do seu filho? Por essa razão e pelo fato de eu trabalhar aqui em uma empresa muito pequena que não me dará nenhum dia de LM, resolvi que pararei de trabalhar e serei mãe em período integral enquanto morarmos na Gringolândia.

É claro que sei que terá dias e noites que precisaremos de alguém pra cuidar da sementinha quando tivermos algum evento pra ir - aqui geralmente nos casamentos os pais não podem levar as crianças, o que acho uma sacanagem. No Brasil geralmente nesses casos os pais deixam as crias com os avós, o que aqui é quase impossível pra todo mundo, porque ninguém mora na mesma cidade (ou estado) que a sua família. Nesses casos teremos que pedir pra amigos ou ter uma babá como carta na manga.

Mudando de assunto, quero aproveitar esse post pra contar que o ultrassom foi ótimo, a sementinha esta muito bem e e super ativa! Demorou bastante porque ela nao parava de mexer e era necessário medir a tranlucencia nucal. Tive que mudar de posição varias vezes, parei pra ir no banheiro, tudo isso pra tentar observar esse bebe que não parava quieto! Mas amei e pelo fato de termos ficado tanto tempo fazendo o exame saimos de lá com dezenas de fotos. Posto aqui a mais fofa de todas, em 3D. A sementinha estava so com 6 cm, mas já toda fofinha com o formato de bebê - já não se parece mais com um feijãozinho. Que feliz!

 Segundo a técnica do ultrassom, a sementinha é "Cute as a button".


Gostaria de postar mais aqui no blog, mas esses ultimos dias foram bem corridos, trabalhei bastante e nem tive tempo de acompanhar os blogs que gosto tanto. Ainda tenho que tirar o atraso e visitar cada um. Ainda bem que ontem tive uma folga, deu tempo de começar a escrever este post, lavar roupa, arrumar um pouco a casa, ir no mercado... Ufa! O que acontece é que sempre soube que grávida é sonolenta e cansada. Mas olha, não pensei que seria tanto. Ultimamente meu nome completo é Rita Preguiça Soninho.


15 de novembro de 2013

Sobre o ultrassom de hoje

Hoje faremos um ultrassom que não é obrigatório, basicamente a sua função é verificar se o bebê tem Síndrome de Down, Patau ou Edward. Assim como no Brasil o exame não é 100% conclusivo, mas pelo que li ele tem maior chance de acerto aqui na Gringolândia. Ele é combinado com um exame de sangue que já fiz há duas semanas, quando fui na GO para o primeiro ultra. Nesse exame o sangue coletado é utilizado para fazer o cariótipo. Basicamente eles analisam os meus cromossomos para detectar se eu tenho um gene de uma lista de mais de 80 doenças genéticas. Fazem o exame na mãe, e se ela tiver o gene recessivo de uma das doenças, se fará o exame do pai da criança também, para assim sabermos qual a chance do bebê de ter alguma determinada doença genética.

Se eu fosse escolher sozinha fazer ou não esses exames sinceramente não sei o que eu decidiria. É porque tanto o ultra quanto o cariótipo não dão 100% de certeza. O cariótipo traz uma lista de 82 doenças genéticas, mas há muitas outras que não dependem dos genes dos pais, mas sim de como esses genes estão se replicando no bebê. Mas, mais do que isso, o quanto isso importa pra mim?

Se meu bebê sementinha tenha algum problema de saúde, como Síndrome de Down, é claro que isso me importa e afetará sim a minha vida para sempre. Mas ele ainda será meu filho (ou filha) e eu o amarei e cuidarei com todo o meu carinho. Não consigo decidir se pra mim é melhor saber antes sobre um possível problema de saúde do bebê. E pode ser que o exame não detecte ou que ele detecte e a síndrome não exista de fato. Neste último caso, se o ultra concluir que pode ser que a Sementinha tenha Down nós poderemos fazer exames mais conclusivos, que são também mais invasivos.  Mas o maridex faz questão desses exames, então estamos fazendo.

O fato é que moramos num país em que o aborto é legalizado em vários estados. E Massachusetts é um dos estados mais liberais, aqui o aborto é legalizado há mais de 40 anos. Aqui hoje, se uma mulher descobre que o feto que ela carrega tem Síndrome de Down ela pode decidir fazer um aborto para "ter uma segunda chance" de acordo com o que as pessoas falam. Mas isso pra mim não é opção. Eu sou contra aborto (no geral, porque pra mim há exceções que deve ser concedido esse direito de escolha, como estupro).

Já temos o resultado do exame de sangue, e sabemos que nosso bebê não tem nenhuma das 82 doenças genéticas da lista. Caso o meu marido tenha algum dos genes recessivos o bebê poderá ter também, mas isso é tranquilo, ele poderá passar para os filhos ou não, e ser um portador do gene não implica ter a doença.

De toda forma fico feliz em poder ver a Sementinha novamente, tenho até esperanças em saber o sexo hoje, apesar de saber que isso é bem improvável. Possivelmente sairemos da clínica com fotos bem legais da Sementinha e vou postar aqui.

10 de novembro de 2013

A minha história de amor

Porque hoje faz 3 anos que conheci o meu parceiro, meu esposo, o homem mais maravilhoso que eu poderia encontrar e que me faz tão feliz, hoje vou contar a nossa história de amor.

Eu tinha decidido viajar pra Buenos Aires para me divertir bastante. Passei uma semana lá com uma amiga que como eu estava solteira e queria aproveitar tudo que Mi Buenos Aires querido proporciona: ótimos vinhos, boa comida, muita cultura, belos lugares e baladas legais. E tudo isso pagando super barato!

Era quarta feira, dia 10 de novembro, e decidimos fazer o Pub Crawl, que é basicamente um tour por diferentes bares. O esquema era pagar uma taxa (que era bem barato!) e isso nos dava direito a bebida e petiscos num restaurante, 3 bares diferentes com uma dose inclusa em cada bar e, pra fechar a noite, entrada numa boate. E tudo isso com um pessoal bem animado, gente do mundo todo. A língua por lá era uma mistura de inglês e espanhol.

Já na primeira parada do Pub Crawl, no restaurante, vejo atrás de uma mesa aquele gato alto, charmoso, bem vestido com seu palitó. Era de longe cara mais interessante em todo o grupo. Já pensei cá com os meus botões que ele NUNCA daria bola pra mim, então fiquei bem na minha, conversando com quem estava perto da mesa de petiscos. E pra minha surpresa, quem vem depois de alguns minutos pra puxar papo? O gatinho bem vestido! Ele já chegou se apresentando, perguntou de onde eu era e quando eu disse que era brasileira ele me surpreendeu com algumas palavras em português. O que?? Como assim um americano que fala um pouco de português e tem o espanhol melhor que o meu?!? Já era bom demais pra ser verdade! E conversando um pouco mais vi que o cara era inteligente, divertido, super culto, amava viajar como eu, já tinha ido pra vários países diferentes, conhecia todos os continentes exceto Antártida...  Em uma palavra, ele era PERFEITO (e ainda é).

Conversa vai, conversa vem, não vejo o tempo passar e nem penso se o gatinho está a fim de mim ou não. Mas tenho certeza que eu to caidinha por ele, e tenho um certo medo de ele parar de conversar comigo. Mas na verdade era meio óbvio que os 2 estávamos muito interessados um no outro.

Depois ele me contou que pensou a mesma coisa sobre mim. Primeiro me achou a mulher mais linda do universo e tinha a certeza que eu nunca daria bola pra ele, ficou me olhando de longe, mas eu nem percebi. Depois de algumas cervejas ele teve coragem de se apresentar e conversar comigo. Thank God for beer!!

Depois de conversarmos por umas 2 horas sem parar ele me roubou um beijo. Ahhh! Amei, né! É claro! É interessante como pra mim, brasileiríssima que sou, isso não era estranho. Mas como na Gringolândia não existe essa de ficar, beijar uma garota num bar na mesma noite que a conheceu é a coisa mais estranha do mundo. Mas ele o fez porque não tínhamos muito tempo, ambos iríamos voltar pra casa, em países diferentes naquela mesma semana. Então talvez essa fosse a única vez que ele poderia me beijar, ele preferiu correr o risco e fez.

Na sexta feira, um dia antes de ele voltar a Boston, passamos o dia inteiro passeando juntos - eu, ele, seu irmão, um casal de amigos dele e a minha amiga. Foi ótimo passear por aquela linda cidade de mãos dadas com ele!

Assim que cheguei de volta ao Brasil começamos a rotina de conversar todos os dias pelo skype. Uma semana após o meu retorno ele comprou suas passagens pra conhecer, no início de dezembro, a cidade em que eu vivia e me visitar por apenas 3 dias. Achei isso muito louco, como assim viajar tão longe, pagar tão caro pra ficar só 3 dias? Eu não sabia que um tempo depois eu faria a mesma coisa pra passar apenas 4 dias em Boston.

Foram 9 meses de namoro antes de ele me pedir em casamento. Depois 5 meses de noivado antes do primeiro casamento (isso mesmo, nos casamos mais de 1 vez!). Durante esse período nos vimos quase todos os meses, gastamos horrores com passagens aéreas, gastamos todas as milhas que tínhamos, fomos juntos pro paraíso de Fernando de Noronha, pro Rio de Janeiro, pra fazenda da minha família, pra 6 estados diferentes no Estados Unidos, incluindo New York City. Ele morou comigo por mais de 1 mês no meu apartamento no Brasil, trabalhando a distância em um escritório que montamos  pra ele. Ele conheceu meus pais 2 dias antes de me pedir em casamento. Eu e a mãe dele precisamos só de 5 minutos pra ficarmos amigas.

Todo mundo diz que a nossa história parece conto de fadas. Não precisamos de muito tempo pra termos a certeza de se tratar da pessoa certa. A cada dia tenho mais certeza disso!

Meu bem, my pumpkin, obrigada por me fazer tão feliz! Obrigada por ser tão maravilhoso! Espero que continuemos assim, com muito amor e respeito. Eu, você e a sementinha dentro da minha barriga.



6 de novembro de 2013

BC: O que você tem medo que aconteça depois que o neném nascer

O tema da BC de hoje foi escolhido pela Cinthia e eu devo dizer que adorei! É porque eu sou uma pessoa naturalmente medrosa. E é bom externalizar isso, conversar e descobrir que eu não sou a única (assim espero!).

Eu me lembro que quando estava chegando o dia da minha Colação de Grau eu tinha medo de cair durante a cerimônia. Ficava pensando o quanto seria horrível se chamassem o meu nome pra pegar o canudo, eu me levantasse e tropeçasse ali, na frente de todo mundo. Mas passou, nada disso aconteceu. Pro meu casamento, outra vez esse medo bobo de cair. E se eu, a "estrela da noite", tropeçasse na cauda do meu lindo vestido na Igreja? Ou na festa? Meu casório foi maravilhoso e ninguém caiu.

Agora com a gravidez tenho medo de muita coisa, até de cair e prejudicar o bebê (esse medo de cair me persegue, né?!). Pra depois do neném nascer penso em milhões de coisas, mas a amamentação é a principal e a primeira que eu destaco aqui. Quero muito amamentar de forma exclusiva e por livre demanda nos 6 primeiros meses, e é isso que tenho medo: e se eu não der conta? E se meu leite não descer? E se ele não for o suficiente? E se eu tiver uma terrível mastite? Tenho muito medo disso tudo e deve ser por isso eu estou sonhando com uma certa frequência com amamentação.

Outra coisa que me assusta é o tal do baby blues. Eu já li muito sobre isso, entendo que as causas são todas as mudanças que ocorrem, o cansaço das primeiras semanas com um bebê recém nascido em casa, a atenção que era toda para a grávida e sua barriga e depois passa a ser só pro bebê, todo mundo se esquece da mãe depois do nascimento do filho. Por isso já conversei com o maridex sobre isso, falei que ele terá que me paparicar, tenho certeza que ele será maravilhoso, mas ainda assim tenho receio de ter baby blues.

Sobre conseguir cuidar do recém nascido, a responsabilidade de ter um filho, isso não me assusta. Sei que estamos prontos pra essa tarefa que é difícil, a mais importante de todas, e é pra vida inteira.

4 de novembro de 2013

A primeira consulta com a GO e ultrassom

Na quarta passada feira fizemos o primeiro ultrassom, durante a primeira consulta com a minha ginecologista. Eu e maridex  estávamos bem anciosos pra ver e ouvir o bebê sementinha. O maridex estava mais ansioso que eu, porque eu estava mesmo era enjoada, com muita vomitade antes de ir pra clínica.

Aqui na Gringolândia algumas coisas são bem diferentes do Brasil, mas esperando a GO me senti em terras tupiniquins, foi cerca de 1 hora de espera pela consulta previamente marcada! Parte do tempo esperamos na sala de espera e parte já na salinha de exames. Eu pensei que o maridex fosse ter um treco, ele estava super nervoso, andava de um lado pro outro na salinha minúscula e as mãos suavam feito um porquinho (porcos suam, né?!). Sério, só não fiquei com muito medo porque estávamos dentro de uma clínica repleta de enfermeiras e médicas. Mas deu tudo certo! A médica foi muito simpática, hegou e depois de pedir mil desculpas conversou um pouco conosco, confirmou algumas informações que eu tinha passado pra enfermeira dias antes por telefone, examinou as minhas peitolas, o colo do meu útero, tudo estava ok.Daí chegou o momento mais esperado, o ultrassom.

Rapidinho ela encontrou o bebê! Eu e maridex o chamamos de sementinha e lá descobri que é uma semente de feijão. É um feijãozinho com bracinhos, perninhas e nariz! Um narigão, como o do pai, eu diria, hehehe! E a sementinha dança dentro do útero! Ela mexe bastante as pernas e braços, é agitada como eu.  :)

E eis que vimos o coraçãozinho, ah que super emoção! Ele bate bem rapidinho, parece um batucador de escola de samba! Esse momento foi o mais legal pra mim. A GO tirou 2 fotos a partir do ultrassom, e ela nem nos perguntou se queríamos, tirou e nos deu. Ficamos bem felizes!
 
Depois do ultrassom ela colocou o doppler pra ouvir as batidas do coraçãozinho. Ela explicou que no início da gravidez as vezes esse aparelho não detecta as batidas, o que é normal, mas advinha? Rapidinho detectou, ouvimos as batidas super rápidas! Só estragava tudo quando eu ria, daí o barulho ficava estranho. Mas segurei o riso e ela mediu que são 174 batimentos por minuto, o que segundo ela é ótimo. Ela disse que com todas essas características é muito difícil que aconteça algo com o bebê, que ele está bem e que já até podemos contar pra todo mundo da gravidez. Já falei antes que aqui só se conta depois da 12o semana, que é quando o risco de aborto espontâneo diminui bastante. Mas segundo ela, ainda com 10 semanas, o risco é bem pequeno, por conta da velocidade do coração da sementinha, que tá nota 10! (Voz do cara que narra a pontuação do Carnaval do Rio de Janeiro: "Unidos da Sementinha: DEEEZ!)

Os enjoos por aqui continuam mesmo com o remédio, mas estou notando que está melhorando devagarzinho. A minha gravidez agora está diferente, depois de eu ver e ouvir a sementinha, esse serzinho tão pequeno, que foi tão desejado e que tá aqui sim, de verdade! Foi isso que o maridex me disse depois de sairmos da consulta: "Meu bem, agora é pra valer, agora vimos a sementinha, ela dança e tem nariz!!!"

30 de outubro de 2013

Blogagem Coletiva: "Como está o sexo durante a minha gravidez?"

Sexo??? O que é isso mesmo?! O maridex lembra bem o que é, de vez em quando ele até fala sobre o assunto, mas eu não consigo nem pensar, rs!

Brincadeiras a parte, esse é o tema da Blogagem Coletiva escolhido pela Lalah, e é a primeira vez que eu participo. Logo de primeira vem um tema tão quente enquanto o negócio por aqui tá frio, quase gelado. Eu que sempre gostei muito da coisa, ando com a libido abaixo de zero. Acho que a razão é uma mistura de dor nas peitolas, com a vomitade, com todos os hormônios explodindo no meu corpo. Outro dia eu quis fazer uma surpresa pro maridex, cheguei mais cedo do trabalho, tomei um banho gostoso, passei óleo perfumado, coloquei uma das lingeries preferidas dele (eu amo lingeries especiais, ele mais ainda!). Ele chegou todo feliz, veio me beijar e eu corri pro banheiro com enjoo. Aí vi que meu corpo tá diferente mesmo, não adiante nem tentar. Aliás, até adianta, rolou umas namoradinhas nessas últimas semanas, mas não é fácil. Ainda bem que o maridex compreende.

Além disso tudo eu as vezes me sinto meio feia, auto estima baixa. Mas isso passa e depois me sinto melhor, uso uma roupa legal, pra evidenciar as peitolas que estão maiores e lindas, a barriga que ainda está inexistente. O maridex brinca dizendo que sou uma grávida super sexy. Esses dois sentimentos se intercalam, eu até penso que estou completamente louca, mas de acordo com os livros sobre gravidez que tenho tá tudo dentro do padrão. Grávidas são seres meio bipolares mesmo, tudo culpa dos hormônios!

Tomara que no segundo trimestre isso mude, a vontade de namorar aumente!

28 de outubro de 2013

Bebendo suco e fazendo de conta que é drink

Já falei que aqui na Gringolândia as pessoas só contam sobre a gravidez depois da 12o semana. Mas é difícil! A pessoa aqui nunca foi de beber muito, sou fraquinha demais pra álcool. Mas saindo com os amigos sempre bebi um drink ou uma taça de vinho. Agora não posso fazer isso, então as vezes finjo.

No sábado fomos comemorar o Halloween  com um grupo de amigos. Nos fantasiamos de personagens  de cinema mudo dos anos 20 e passamos por vários bares. Em um dos lugares tomei suco, no outro água com gás e limão. Mas sempre disfarçando, fingindo que era um drink muito bom. Foi interessante ver todo mundo fantasiado, bebendo todas e eu ali, grávida. É claro que as pessoas reparam, eu percebo e isso me incomoda um pouco. Eu preferiria contar pra todo mundo, já que todos já desconfiam mesmo.

Amanhã vamos na Churrascaria Fogo de Chão comer muito churrasco brasileiríssimo pra comemorar meu aniversário. Todos estarão bebendo caipirinha e a aniversariante grávida deverá pedir em português ao garçom algo sem álcool. Chega a ser estranho, conto aos garçons que estou grávida, mas não dizemos a todos os amigos.

Outro dia fomos na casa de um casal de amigos que moram pertinho da nossa casa. No caminho passei mal, cheguei lá verde de tanto enjoo. Usei o banheiro, quase vomitei, maridex estava bebendo uma cerveja, eu bebi um copo de água e logo pedi pra ir embora em português (como é bom ter uma língua só nossa, que ninguém mais entende!). Os amigos se entreolhavam a cada sinal de gravidez. Eles entendem, têm uma filhinha de um ano, já passaram por essa experiência e sabem que em breve contaremos a novidade.

Não vejo a hora de contar pra todo mundo! E quando contarmos algumas pessoas dirão que já sabiam, é claro.

23 de outubro de 2013

Muito além do peso - um documentário que vale a pena assisitir!

Eu já falei aqui antes sobre como sempre tento ser uma pessoa saudável e me alimentar bem, mesmo antes da minha gravidez. Venho de uma família que só compra refrigerante em dia de festa, que faz suco em casa com fruta fresca, que come muitos vegetais e faz biscoitos caseiros. Mas não é assim com a maioria das pessoas.

Uma amiga minha me recomendou o documentário Muito Além do Peso, que eu assisti na semana passada e me fez pensar mais ainda sobre alimentação. Ele traz entrevistas com profissionais do Brasil e do exterior, e mostra a realidade de crianças com sobrepeso em várias cidades diferentes do país. Quero divulgar a todas mães, todas famílias, pra pensarmos juntos sobre o alimento que estamos oferecendo a nossas crianças. E mais do que isso, pensarmos no que nós mesmos estamos comendo. Esse filme é obrigatório! Muitas tentantes já comentaram em seus blogs sobre dieta, como a LauraDe_terminada. Pra essas pessoas creio que o documentário será um incentivo a mais, pra continuar a dieta de forma ainda mais consciente.

Fiquei chocada com algumas informações que estão no filme, como 33% das crianças no Brasil tem sobrepeso, e mais da metade dos bebês mamam refrigerante antes de 1 ano de idade. Isso é um absurdo! O filme também traz um debate sobre a indústria publicitária voltada para as crianças. Tenho agora mais certeza de que vou criar meu bebê sem televisão e com alimentos caseiros, muitas frutas e verduras.

O filme pode ser visto pela internet, nos links:

http://www.muitoalemdopeso.com.br
 e
http://www.youtube.com/watch?v=TsQDBSfgE6k

Vale muito a pena!

Essa história de fast food começou aqui nos Estados Unidos e se alastrou pelo mundo. Há pessoas que viajam e não comem a comida típica do lugar onde estão visitando, elas comem McDonald’s ou Burger King. Fala sério! Eu moro há um ano e meio aqui na Gringolândia e nunca entrei em uma loja dessas redes. E assim quero continuar!

21 de outubro de 2013

A "primeira consulta" e a fantasia da gravidez

No dia 17 (quinta passada), foi a minha primeira "consulta", que foi por telefone. A enfermeira me ligou na hora combinada, 9:30 am e ela foi super simpática, um amor. Basicamente essa conversa é pra ela recolher informações sobre mim e maridex, pra facilitar a primeira consulta com a GO, que será na décima semana. A grávida também pode tirar várias dúvidas nessa "consulta". Ela me perguntou sobre doenças na minha família e na do maridex, perguntou se eu quero fazer o exame pra detectar possibilidade de Síndrome de Down, que é a soma de 2 exames, o ultrassom da décima semana e o exame de sangue que farei depois do ultrassom. Eu estava na dúvida em fazer ou não, mas como maridex prefere fazer, faremos.

Ela também me informou sobre o que eu não posso comer, que já é bem sabido aqui em casa e as vezes meio difícil, principalmente quando vamos jantar na casa de amigos e sempre tem prosciutto com aperitivo o que eu não posso, fico só olhando. Geralmente não tenho problema de ficar querendo comer o que não posso ou beber álcool. Mas na semana passada me deu vontadezinha de tomar um porto que o maridex estava tomando com uma sobremesa deliciosa num restaurante que fomos. É que eu amo porto! Mas rapidinho passou, eu sei que consigo ficar sem ele!

Quanto aos enjoos, ela me passou  a prescrição de um remédio pra me ajudar. Aqui na Gringolândia a gente não precisa da prescrição em papel. Normalmente o médico envia pra farmácia que você escolher. Daí basta ir lá e buscar que o remédio já estará prontinho pra você. Por um lado estou aliviada em tomá-lo, mas por outro me sinto meio fracassada. É porque eu não gosto de tomar remédio, evito ao máximo. Eu tento ser uma pessoa saudável sem tomar medicamento. Mas tive que me render. Fui pegar o remédio na sexta feira de manhã, e antes de sair pra farmácia passei tão mal, vomitei todo o meu lanche de suco de abacaxi com biscoitos. Foi horrível! Fui pra farmácia ainda passando mal e tive a certeza que estava fazendo a coisa certa. Fui orientada a tomar a cada 6 horas, assim estou fazendo. Mas ainda não me sinto muito bem. No sábado tive muita dor de cabeça no trabalho, a noite saímos pra jantar com uns amigos e depois que cheguei em casa vomitei toda a sobremesa e parte  do jantar. Como odeio vomitar!

Até agora o que posso falar da minha gravidez é que ela está sendo bem diferente do que eu sonhava. Eu tinha aquela fantasia pintada em cor de rosa na minha cabeça, mas a realidade é diferente. Na minha opinião a satisfação é inversamente proporcional à expectativa. Basicamente é uma equação assim:



Satisfação = Realidade - Expectativa

Sabe quando assistimos um filme, que esperamos muito entrar no cinema, criamos uma expectativa tão grande e depois de vermos o filme, que pode até ser bom, mas achamos péssimo porque a nossa expectativa era gigante. É isso que está acontecendo comigo. Não quero reclamar mais (já fiz isso demais no post anterior, né?) e dizer que a gravidez pra mim está sendo ruim. Não, nada disso! Mas está sendo diferente. Toda aquela pintura que fiz na minha cabeça, estou desconstruindo aos poucos (com exceção dos peitos maiores, que sempre foram o meu sonho de consumo e agora estão aqui, grandes, lindos e doloridos...).

Sempre pensei que eu fosse me sentir poderosíssima, uma mulher linda gerando uma vida. Mas me sinto cansada demais, o enjoo quase acabou comigo. Agora está melhorando sim, se Deus quiser estarei melhor e depois do quarto mês a vomitade desaparecerá por completo (Amém!). Agradeço por ter ao meu lado o maridex que me diz que estou linda todos os dias, apesar de eu sentir o contrário. Isso parece besta, mas me ajuda pra caramba!

16 de outubro de 2013

8 semanas: atualizando


Da última vez que atualizei o blog falei sobre a vomitade, e desde então como ela aumentou! Aqui na Gringolândia chamam de "morning sickness", mas comigo não está sendo só durante as manhãs, eu estou sentindo enjoo todos os dia, toda hora. Se estou com fome sinto esse enjoo monstro, mas as vezes enjoo mais ainda cozinhando ou simplesmente pensando em comida. Estou tentando comer toda hora, o que ajuda muito, mas ainda assim está bem difícil. Aqui em casa eu e maridex estamos acostumados a comer arroz integral todos os dias, mas agora não consigo pensar, sentir o cheiro ou comer desse arroz. Então estou começando a variar, arroz integral pra mim não dá mais.

Como já contei antes, só verei a minha GO no final de outubro, então por enquanto só posso recorrer ao bom e velho email. Escrevi pra enfermeira, contei desse meu enjoo constante, perguntei se há alguma coisa que possa ajudar. Ela me indicou tudo aquilo que eu já sabia e também vitamina B6 e um remédio, a doxilamina. Basicamente esse remédio é pra dormir, mas em teoria ele tem o efeito de combater o enjoo. O que notei é que quando tomo ele a noite continuo enjoada, mas na manhã seguinte é mais difícil pra mim sair da cama.

Além da  vomitade as minhas peitolas doem a cada ventinho frio que dá, e aqui agora é outono, o frio só começou e vai piorar muito. Tem também o cansaço. Eu sempre fui ótima pra dormir, mas agora o sono é ainda maior. Maridex já me chamava de Bela Dorminhoca, e agora sou mesmo!

No trabalho estava sendo bem complicado ter que voltar tarde pra casa alguns dias, tentar comer toda hora, esconder meus enjoos, tudo era muita pressão na minha cabeça. Por isso decidi contar pra minha chefe que estou grávida. Assim posso diminuir o ritmo, me cuidar mais, decidi que era a melhor opção. E assim fiz, contei pra ela ontem, e a sua reação foi surpreendente. Ela chorou, me abraçou bastante, me parabenizou e me agradeceu mil vezes por ter contado a ela, por ter confiado essa notícia tão boa. Acho que ela ficou mais emocionada que eu! E está toda preocupada comigo, que ótimo! Como aqui as pessoas só contam da gravidez depois da 12° semana, pra ela é uma grande honra saber antes disso, e antes de todas as outras pessoas. Pra mim foi um peso tirado de cima das minhas costas.

Vejo o cansaço como uma forma que o meu corpo tem de descansar agora antes da sementinha nascer. A dor nas peitolas deve ser uma preparação pra amamentação. Mas e a vomitade? Essa não tem sentido nenhum! Espero que ela vá embora logo!


7 de outubro de 2013

Vomitade

Vomitade é uma palavra que o maridex inventou. É fácil de entender o significado, trata-se ter enjoo, vontade de vomitar. Eu acho essa palavra o máximo, principalmente porque o maridex é  gringo, o português não é a sua primeira língua, mas ele conseguiu criar a palavra que pra mim tem todo o sentido, e ultimamente faz bastante parte do meu vocabulário. Sim, ando sentindo com muita frequência.

Alguns dias eu estou muito bem, não sinto nada diferente. Eu me sinto linda, os meus cabelos estão sedosos como os de propaganda de shampoo, aproveito pra usar uma calça mais justa porque sei que daqui a pouco nada irá me servir. Fico radiante! Mas outros fico podre, muita vomitade, queimação e azia. Ontem foi um desses dias.

Por conta disso resolvi ler bastante sobre formas de combater o enjoo e descobri que existem várias receitas. Mas como eu sempre digo, cada um é cada um! Cada uma deve tentar descobrir qual a melhor forma de resolver esse mal. Para mim, as dicas que estão me ajudando são:

- Não tomar nada quente de manhã (leite, café ou chá);
- Antes de tomar o café da manhã propriamente dito eu como alguns biscoitos crackers salgados integrais;
- Comer devagar;
- Tomo água fria com umas lasquinhas de gengibre;
- Melão gelado de manhã também ajuda;
- Faço e tomo uma das receitas de suco de frutas que vi o UOL: http://mais.uol.com.br/view/0engevt3wd5x/sucos-para-gravidas-04028D993970C8913326?types=A&

Espero que algumas dessas dicas possa ajudar gravidinhas enjoadas como eu!

 

5 de outubro de 2013

Sonhando com amamentação

Esta semana comecei a me sentir mais grávida, mais mãe. Aconteceu depois de uma bela noite de sono, a primeira em toda a minha vida que dormi com um travesseiro entre as minhas pernas. Eu sempre gostei de dormir de lado, desde criança durmo assim. E meu lado preferido é sobre o esquerdo, que é o mais recomendável para as grávidas, por facilitar  a circulação sanguínea pra mamãe e bebê. Mas ainda queria fazer melhor, então resolvi treinar dormir com o travesseiro entre as pernas que as pessoas dizem dar mais conforto quando a barriga estiver grande e pesada de melancia. Deu certo, dormi muito bem! E tive esse sonho tão real que me fez sentir mãe.

No sonho eu estava amamentando o meu bebê. Eu não sei se era menino ou menina, não vi o rostinho dele, mas foi tão lindo! O bebê sugava meu peito, fazia cócegas mas eu sentia um amor tão grande e eu falava sobre a amamentação, sobre o quanto eu gostava de alimentar a minha cria.

Ah, acordei feliz!

2 de outubro de 2013

Comer saudável é aqui mesmo!

Se tem uma coisa que americano gosta é de hambúrguer, batata frita, milk shake, muita manteiga e açúcar demais em tudo! Ah, odeio isso! Ok, até gosto do gosto, mas digo que não gosto pra eu me convencer e assim não entrar na onda e engordar 30 kg. E pior é que aqui na Gringolândia todos os pratos são enormes. Num restaurante típico americano você pode pedir o menor que ainda assim será o suficiente pra 2 pessoas.

Eu adoro comida saudável! Amo me cuidar! Sempre tento comer a cada 3 horas, evito gordura e enlatados. Mas na semana passada o estresse no trabalho foi grande. Trabalhei muitas horas, por isso não tive tempo de cozinhar e ir no mercado comprar frutas frescas. Além disso tinha ainda muita feijoada que sobrou da festa de aniversário do maridex. Resultado: não comi a cada 3 horas, almocei feijoada muitos dias e comi mais chocolate do que estou habituada. Daí ontem, depois de todos o estresse do trabalho já ter passado, começo a sentir muito enjoo, queimação e dor de estômago. É gastrite na certa!

Então ontem mesmo comecei a operação menos açúcar, menos comida ácida, mais vegetais e mingau de araruta todas as manhãs. Está dando certo, porque hoje já estou bem melhor.

Sempre tento me cuidar, mesmo antes da gravidez. Mas agora vejo que a responsabilidade é ainda maior. Tenho que comer bem por mim e pela pessoinha que está crescendo aqui dentro. E sempre disse pro maridex  que não quero ser viúva jovem, que acho muito triste, que por isso ele tem que se alimentar direitinho. Mas agora ele tem mesmo, porque será papai.

Antes de nos casarmos o maridex tinha um costume terrível. Ele só comia uma refeição por dia. Ele acordava, tomava um red bull, ia pro trabalho e não comia nada o dia todo. Quando ele voltava a noite pra casa com aquela fome de leão ele comia comida suficiente para um batalhão.  Ah, mas agora como tá diferente! Comemos arroz integral com vegetais todos os dias, as carnes são de preferência magras.

Mas ainda assim há o que melhorar. Ontem decidimos que tentaremos ser ainda mais saudáveis: eu vou diminuir o açúcar (o que pra mim é difícil que sou pior que formiga) e vamos comprar vegetais só no Whole Foods, que é um mercado perto da nossa casa que só vende orgânico. É bem mais caro, mas pelo menos a gente confia que não está se enchendo de agrotóxico.


30 de setembro de 2013

5 semanas e 4 dias: reclamando um pouquinho

Descobri a minha gravidez há exatamente 9 dias. Contei do friozinho na barriga no último post, e ele continua por aqui. É engraçado porque já li (e ainda leio) tudo sobre gravidez, mas ainda assim sinto esse medo estranho. Acho que nem é tanto medo, é mais cansaço mesmo, porque ainda não tive tempo de parar de verdade pra pensar e deixar a ficha cair. No domingo da semana passada tivemos a festa de aniversário do maridex aqui em casa, na segunda e terça trabalhei pra caramba (23 horas somando os 2 dias). Quarta foi aniversário do maridex, não trabalhei, mas não rolou muito descanso porque meu cunhadex e um amigo dele estavam hospedados aqui em casa. Eu ficava desanimada e cansada a cada vez que eu entrava no banheiro: a tampa do vaso sempre erguida e mijo pra todo lado. Porque alguns homens não tem mira nenhuma na hora de usar o banheiro? Ai, que agonia! De quinta a domingo trabalhei todos os dias e hoje (segunda) finalmente posso descansar, visitar blogs, escrever, cozinhar e arrumar um pouco a casa. 

Provavelmente se eu estivesse no Brasil neste momento, todo mundo saberia que eu estou grávida, já até teria ganhado presentinhos pro bebê. Mas aqui na Gringolândia é diferente. Aqui ninguém conta da gravidez antes das 12 semanas. Só pra família mesmo. Eu no início achava isso estranho, mas agora acho até legal, porque o risco maior de perder o bebê ocorre nos primeiros 3 meses, então melhor aguardar esse período pra no caso de ocorrer algo (TOC, TOC, TOC, acabei de bater na madeira 3 vezes) a gente não ter que explicar pra todo mundo, ou contar, ou deixar as pessoas tristes e preocupadas. 

O que acontece agora é que não contamos ainda pra nenhum amigo, mas todos os colegas de faculdade das minhas irmãs mais novas já sabem da minha gravidez. Isso porque eu pedi pra elas não contarem pra ninguém! É até injusto que nenhum amigo nosso sabe, mas pessoas que eu nem conheço, das turmas das minhas irmã, já estão sabendo.

Em breve devo contar pra uma amiga que como eu é de outro país e já tem um filhinho fofo de 5 meses que nasceu aqui na Gringolândia. Eu fui a primeira pessoa em Boston a quem ela contou sobre a sua gravidez e durante os 9 meses ela sempre reclamava dos procedimentos diferentes que ocorrem por aqui. Agora é a minha vez! Preciso de alguém pra dividir as minhas angústias sobre as coisas que aqui são feitas de forma tão diferente. E o melhor é que ela tem a experiência da gravidez e parto na Gringolândia. 

Mas de toda forma divido aqui no blog essas coisas. Fui marcar a minha primeira consulta. Eu já sabia como as coisas funcionam aqui, mas ainda assim fiquei muito insatisfeita, porque agora estou vivendo na pele o que a minha amiga já tinha me contado. Primeiro que no consultório a secretária nunca atende o telefone. É sempre caixa de mensagens e depois de deixar recado ela liga de volta. Mas como eu não queria que ela ligasse de volta enquanto eu estivesse no trabalho (a gravidez é segredo, lembram?!) resolvi escrever por email mesmo pra marcar. Sei que no Brasil a primeira consulta é bem no início, mas aqui é só com 8 semanas. A minha GO já tinha me falado que essa "primeira consulta" seria com uma enfermeira e depois a consulta com a GO mesmo seria só com 10 semanas. Mas pra minha surpresa a "primeira consulta" é por telefone!!! Fala sério! Na hora que li fiquei bem reclamona e maridex reclamou por eu estar reclamando tanto. Mas como não? Sou brasileira demais pra entender logo de cara que a minha "primeira consulta" será por telefone. Tudo bem, agora passou! Pensei até em colocar aqui no blog a cópia do email que a enfermeira me enviou, mas não, agora já passou a fase de reclamar. As cosias são como elas são e pronto.

A parte boa é que a enfermeira me perguntou no email se 29/10 pode ser a primeira consulta com a GO. Nesse dia iremos ouvir o coraçãozinho batendo dentro de mim. Adivinhem só: esse dia é meu aniversário, então é claro que essa será a data perfeita!

Tirando o cansaço do trabalho estou muito bem, continuo bicicletando por aí. Aqui já é outono e o tempo mudou de uma hora pra outra. As folhas caindo, e o frio veio pra ficar. O problema é que o frio me dá muita dor nos mamilos. É uma dor que parece que tá rasgando os coitadinhos. Maridex diz que tá com saudade das minhas peitolas mas já falei pra ele que é proibido tocar até segunda ordem. 

23 de setembro de 2013

As 2 listrinhas são mesmo as mais lindas do Universo!

Eu sempre pensei que eu saberia quando estivesse grávida. Eu tinha certeza que eu teria a tal intuição materna e que meu corpo me daria os sinais pra eu perceber a gravidez. Os meus primeiros dois ciclos de tentativas me pregaram peças, eu tive mil e um sintomas mas os testes de gravidez deram negativo. E o que aconteceu no terceiro ciclo? Não tive sintoma nenhum, tinha certeza que a Senhora M estava vindo com força total na sexta passada e... nada dela vir!

Então no sábado de manhã fiz o teste, o último que eu tinha guardado, só porque a minha M não tinha descido no dia esperado (14 dias após a ovulação). Mas eu estava com uma colicazinha que de acordo com a pessoa aqui, que achava que entendia tudo sobre o próprio corpo, indicava que a M devia estar entupida em algum cano aqui dentro, mas já descendo. E DEU POSITIVO!!! Simplesmente eu não consigo descrever a alegria que senti!

O maridex me esperava na porta do banheiro. O teste deu o tão sonhado positivo (meio fraco, mas positivo) logo de cara. Daí demorei um pouco pra lavar meu rosto, as minhas mãos, enxuguei o xixi espalhado pelo teste e abri a porta já dando a notícia pro novo papai do pedaço. Não era uma notícia, era um presente de aniversário adiantado, o melhor presente que eu poderia dar pra esse homem maravilhoso que eu amo tanto. Nos abraçamos, foi lindo demais! Daí depois ele parecia estar comemorando no estádio a vitória do nosso time de beisebol, o Red Sox  (ok, é o time dele que eu adotei).

Eu sempre pensei que depois de descobrir que estivesse grávida eu mudaria um pouco, como num passe de mágica começaria a me sentir mãe. E que celebraríamos, eu e maridex, ficando em casa, preparando um bolo gostoso, brindando com suco de laranja... Mas não! Eu e maridex não mudamos do jeito que previ e não comemoramos do jeito que previ. Nos primeiros minutos depois do teste o que senti foi um frio enorme na barriga, um medinho de tudo e até um certo enjoo de tanto nervosismo. Descobrimos a gravidez um dia antes de darmos uma festa em casa pra cerca de 30 pessoas. E neste dia de descoberta tivemos que sair pra comprar cadeiras, ir a 3 supermercados diferentes, fazer um super bolo de aniversário, começar a preparar a feijoada e terminar o dia buscando o meu cunhadex no aeroporto às 11 da noite. Ai, foi muita coisa! Mas é claro que ficamos falando sobre isso o dia inteiro e fazendo piadinhas fofas um pro outro.

Já hoje, domingo, planejamos ligar pras nossas mães, e foi muito legal! Primeiro a minha sogra, que já estava começando a falar sempre sobre o quanto ela quer netos, o quanto todas as amigas dela que são avós são felizes. Ela não tinha ideia que nós já estávamos tentando engravidar. Estávamos com o irmão do maridex aqui, então, muito sérios,  o chamamos ele pra uma "reunião familiar". Então maridex ligou pra mãe dele. Ela atendeu e já começamos a rir, ele disse que queríamos contar uma novidade, disse "Rita..." e parou. Eu completei "is pregnant!!!". O cunhadex ficou sorrindo, bem feliz com a notícia. Já a sogra, do outro lado da linha, muda por alguns longos segundos. Pensei até que a ligação tivesse caído, mas foi só emoção mesmo. Ficamos até com medo  de ela ter atendido o celular enquanto dirigia, mas ainda bem que ela estava em casa! Foi muito emocionante dar a notícia a ela do tão esperado primeiro(a) neto(a). Logo depois ligamos pra minha mãe e, da mesma forma, foi a maior surpresa. Dissemos que ela precisa tirar o visto logo pra vir pra Gringolândia nos visitar, e que talvez só eu e maridex não sejamos motivo o suficiente, então queríamos dar uma outra razão. Ela ficou sem entender nada, lógico. Depois que contamos ela gritava pelo telefone e ficou muito contente. Ela me recomendou algumas coisas, como não carregar peso, sendo que uma hora depois eu estava ajudando o maridex a carregar a pesada mesa da cozinha.

Depois de toda a emoção de contar às mães, mãos na massa! Precisávamos de terminar de organizar a casa pra receber nossos amigos e fazer a famosa feijoada. Gente, ficou uma delícia!!! Como combinado, não contamos nada pra nenhum amigo - aqui na Gringolândia é costume só contar sobre a gravidez depois do terceiro mês. Vamos tentar fazer isso, no início só contar pra nossa família.

Na festa de aniversário tivemos 3 convidados menores de 1,5 anos de idade. Eu estava com um deles no colo e uma amiga me pergunta se nós iríamos começar a produzir o nosso próprio bebê em breve. Eu respondia que sim, em breve, que estamos pensando... E por dentro eu me perguntava se eu estava ao menos vermelha por estar mentindo dessa forma. Mas acho que consegui fingir muito bem!

Neste momento estou escrevendo ao som do maridex roncando. Mas antes de dormir ele me disse que foi a melhor festa de aniversário que ele já teve. Não por causa da deliciosa feijoada que foi o maior sucesso, nem por conta do bolo de aniversário mais gostoso que ele já comeu na vida (sabor preferido dele: chocolate com laranja),  mas sim por causa da semente de melancia que está aqui dentro. Enquanto ele dizia isso fazia carinho na minha barriga. Morri de amor!







21 de setembro de 2013

Receita de pão de queijo

Eu nunca pensei em postar uma receita culinária aqui. Abre parêntesis: Ah, do jeito que falo até parece que esse blog é antigo, e na verdade ele completou seus 2 meses esta semana. Mas não é que eu não goste de cozinhar! Eu amo! As vezes pra mim é quase uma terapia, amo alimentar as pessoas, ver que elas gostam do meu tempero, amo comer da minha própria comida e as vezes me surpreender. A questão é que gosto de inventar e experimentar. Sendo assim sou a pessoa que menos segue receita. Isso vem um pouco da minha  mãe. É, tenho muita coisa comigo que vem dela. Eu cresci vendo a minha mãe cozinhar tudo de olho. Bolo, pão, biscoito de queijo, qualquer coisa. E por aqui faço assim também. Quando me pedem a receita de um bolo que fiz sempre digo que não dá, porque não sei nem o quanto de açúcar que coloquei.

Depois que me mudei pra Gringolandia eu tenho mais acesso a ingredientes que antes nem conhecia. Então vou no mercado oriental por exemplo e compro algo que nunca vi na vida. Chego em casa misturo com algum ingrediente brasileiro e fica uma delícia!

Mas hoje vou postar a única receita que eu sigo, que dá super certo e que eu faço sempre pra assar na hora e também estocar: o brasileiríssimo pão de queijo! É especialmente pra Deborah do Blog Das Aventuras de viver em outro país. Ela está no finalzinho da gravidez, esperando a Alice chegar. E se a Alice ainda não estiver mesmo chegado, a Deborah vai amassar esse pão de queijo e isso a vai ajudar a entrar em trabalho de parto. ;)

Ingredientes:


  • 500 g de polvilho doce (é a metade da embalagem que eu compro aqui)
  • 1 colher de (sopa) de sal (colher não muito cheia)
  • 300 ml de leite 
  • 150 ml de óleo 
  • 2 ovos grandes ou 3 pequenos
  • 500 g de queijo minas meia cura ralado (uso 1 embalagem do queijo ralado Mimoso que encontro aqui, mas uma vez fiz com parmesão mesmo)
  • óleo para untar
Colocar o polvilho com o sal em uma tigela grande. Eu uma panela aquecer o leite e o óleo. Quando ferver, escaldar o polvilho com essa mistura, mexer muito bem para desfazer pelotinhas. (Misturar bem é o segredo pra ele não ficar com gosto de polvilho cru. Cuidado na hora de mexer! Se você usar a mão pode se queimar. Eu sempre uso a colher até esse ponto. Só depois de colocar o ingrediente seguinte vou na mãozona). Acrescentar os ovos um a um, alternando com o queijo ralado e sovando bem após cada adição.  Untar as mãos com óleo, se necessário, e enrolar as bolinhas de cerca de 2 cm de diâmetro e colocá-los em uma assadeira untada com óleo. Lembrando que os danadinhos crescem, então eles devem ser espaçados um do outro. Levar ao forno médio (180ºC/365ºF), pré-quecido e assar por cerca de 30 minutos, até ficarem douradinhos. 


Eu sempre guardo uma parte do pão de queijo no congelador. Pra congelar é bem simples, basta colocar os pães de queijo em  uma forma que não precisa de ser untada. Deixe no freezer até endurecer. Assim que estiverem congelados tire um por um da forma e coloque em sacos plástico fechados como estes da foto abaixo. Na hora de assar é o mesmo esquema do fresco: basta colocar na forma untada, forno pré aquecido a 180ºC. Não precisa de descongelar antes, e vai demorar alguns minutos a mais que o fresco. 

O saco grande é de 4 L e o pequeno de 1 L. Esses 5 L de pães de queijo congelados fiz com a receita dobrada. A banana era só pra dar noção de tamanho.


Prefiro usar o polvilho doce, porque ele deixa o pão de queijo mais macio por dentro. Já o polvilho azedo é o do pão de queijo mais crocante. Não tenho certeza se essa receita funciona com o polvilho azedo, quando usei esse tipo de polvilho segui uma outra receita.  

Espero que gostem dessa receita! Faço sempre e deixo o maridex bem feliz e de pança cheia.

19 de setembro de 2013

A alegria de ir pro Brasil e a aventura biciclecística

Quero compartilhar aqui a minha alegria: vou pro Brasil em dezembro! Ehhhhh!!! Que feliz! Eu e maridex compramos as nossas passagens ontem. Ele ficará só 2 semanas e eu ficarei quase 2 meses. Se eu ir grávida será lindo demais! Se não, teremos que parar as tentativas por 1 ou 2 ciclos. Mas tudo bem, vale a pena! Vou aproveitar cada minuto com a minha família, minha linda sobrinha Alice e meus amigos. E a Alice está cada dia maior, quero muito vê-la de perto. A cada foto dela que recebo quase choro. É o preço de morar tão longe!

Nesse clima de saudade da Pátria Mãe resolvi ir de bicicleta hoje pra um supermercado brasileiro que fica a cerca de 8 km da minha casa. Uma grande aventura pra mim que sempre ando só no parque que vai direto de casa pro meu trabalho. Hoje peguei ruas movimentadas, trânsito pesado.

A ida foi tranquilo apesar do tráfego. Eu ia toda toda, me sentindo súper "bicicletera profissa" porque já consigo pedalar de calça jeans, não uso mais só calça tactel como eu usava no início. Daí passa por mim uma moça de vestido bem justo, meia calça e bota de cano longo. Ah, um dia ainda vou realizar o sonho de pedalar de vestido e bota. De repente começo a perceber a quantidade de descidas e já me preocupo com a volta, quando serão muitas subidas. Mas resolvo curtir o momento presente sem me preocupar com a volta, o que foi a melhor decisão que eu poderia ter tomado mesmo.

Na volta a pessoa aqui quase morreu nas subidas! Primeiro eu ainda sou fraca no pedal, segundo tinha o peso de todos os produtos brasileiros que comprei. Mas é isso aí, força na peruca! Cheguei a parar um momento pra tomar água e teve uma outra subida que desisti e fui pela calçada andando e empurrando a bike mesmo. Mas agora que cheguei em casa, com o rosto tão vermelho quanto a minha bicicleta, vi o quanto valeu a pena: tenho todos os ingredientes pra feijoada de domingo e pro pão de queijo que servirei de entrada. E temos guaraná também! Oh, delícia!!!

Alegria: Comprinhas que fiz no mercado brasileiro

16 de setembro de 2013

E eis que o 3° Ciclo não acabou ainda

No sábado de manhã contei no último post que a minha M desceu de forma completamente inesperada. Pois do mesmo jeito que "ela" veio ela foi embora. Parece que "ela" não foi a M coisa nenhuma, porque durou só uma manhã. No sábado a tarde teve só um muco meio rosado/marrom. E no domingo, nada mais. Então creio que este ciclo não acabou.

Como disse antes, estou bem tranquila, mas se eu engravidar este mês será o melhor presente de aniversário pro maridex. Se a M (a de verdade) não chegar até sexta, no fim de semana farei um teste de gravidez.

No domingo teremos uma festa de aniversário pro maridex aqui em casa. Convidamos 30 pessoas (teremos que pegar umas cadeiras emprestadas se vier todo mundo) e serviremos feijoada brasileira. Quero ver a gringaiada comendo pé e orelha de porco, rs! Essa festa está consumindo já o meu tempo, isso me ajuda também a relaxar sobre o assunto gravidez.

14 de setembro de 2013

3° Ciclo: consulta com a GO e surpresa estranha hoje

Eu pensei em escrever este post ontem a noite, mas o cansaço da pessoa aqui era tão grande que não deu. Cheguei do trabalho bem tarde, eu e maridex jantamos uma comidinha especial que eu fiz, assistimos um pouco de TV e capotei. Maridex teve que insistir muito pra eu colocar o pijama e escovar os dentes. Ele sabe o quanto escovar os dentes é importante pra eu ter uma boa noite de sono.

Foi bom eu deixar pra escrever sobre o 3° ciclo hoje, porque agora de manhã aconteceu algo que ainda to achando super esquisito. Mas vou falar do início do ciclo primeiro. No mês passado a M veio pra mim no dia 22. No dia 31 nos mudamos pro novo apartamento que é maior, mais bonito, numa vizinhança bem diferente da anterior. Basicamente todo mundo aqui tem ou gato, ou cachorro ou bebê (ou uma combinação desses itens). To amando! É claro que tem o trabalhão todo de organizar o nosso novo lar, mas mesmo com o cansaço namoramos no dia da minha ovulação e antes também - ovulei dia 06/09, que foi semana passada.

Na última quarta feira fui na minha ginecologista (GO) fazer o preventivo. Ela é a GO mais simpática e fofa que já vi. Foi uma amiga nossa que me indicou e adoro. Aqui na Gringolândia não temos que lutar por parto normal (normal é normal aqui!) e isso será assunto de um post que ainda vou escrever. Ela me garantiu que o exame não atrapalha uma possível gravidez - ufa! Após o preventivo contei a ela a  loucura que aconteceu nos meus 2 primeiros ciclos, e segundo ela todos os sintomas que tive pode ser que seja só hormonal, afinal não estou tomando AC depois de muito tempo. As recomendações dela pra agora são só ter relações sexuais durante o período fértil e continuar tomando o ácido fólico. 

No mais estava tudo indo bem, este ciclo não tive sintoma maluco de gravidez nenhum. Engravidar em setembro seria lindo demais, porque é aniversário do maridex. Mas estou tranquila, parece que não foi dessa vez. Até que esta manhã acordo linda e contente, vou ao banheiro fazer xixi (é muita informação, eu sei) e quando me limpo o papel vem cheio de sangue. E o vaso ficou todo vermelho também. WTF? A minha M deveria descer só na próxima sexta feira! Como assim ela vindo com 6 dias de antecedência? Alguém pode me explicar? A pessoa aqui está sem entender bulhufas!