21 de maio de 2016

Muitas novidades!

Quem ainda passa por aqui reparou que eu não to me saindo muito bem em cumprir a minha promessa de ano novo de atualizar o blog com mais frequência. Eu não queria deixá-lo tão jogado as traças. E eu não queria chegar aqui do nada com umas novidades tão incríveis.

Mas aqui vai:

A primeira é que no dia 19 de julho nos mudamos pra Brasília. Eu, Liana e maridex gringo. Pode parecer que isso é uma surpresa, mas na verdade desde antes de eu me mudar pra cá a gente já conversava sobre morar no Brasil e criar os nossos filhos pequenos lá. Depois que a Liana nasceu aqui, o plano sempre foi ter o segundo baby em terras brasileiras.

E assim já dou uma introdução pra próxima novidade. Mas começando do começo, a gente pensou em começar a tentar fabricar um bebê novo em maio, no mês de aniversário da Liana. Assim a gente mudaria pro Brasil já com ele no forninho e evitaria um possível contagio com o virus da zyca. Sim, pode falar: somos loucos em pensar em nos mudarmos de país grávidos!

Acontece que em abril fizemos uma viagem incrível pro Japão (olha, mais uma novidade!) e lá teve uma noite que eu estava super fértil, a Liana estava há mais de 3 horas sem acordar (e isso foi muito, considerando que durante a viagem ela acordava a cada 2 horas...), eu tinha tomado um pouco de saquê e estava meio altinha. Então na madrugada maridex jogou o seu charme, e me convenceu que a gente deveria começar a tentar ali mesmo. Caí na dele, mas pensei que eu não engravidaria assim logo na primeira tentativa. A gente namorou e depois fui no vaso sanitário japonês lavar as minhas partes femininas com a duchinha de água quente. Lavei tanto que pensei que seria quase impossível engravidar. Pensei que não tivesse sobrado nenhum peixinho fecundador...

Advinhem?!?!?!

Engravidei!!! #Asuperfertil!

Bebezinho já tem apelido: Made in Japan, ou MiJ. Estou com 8 semanas agora :)

É engraçado que ao mesmo tempo que eu achava difícil ter engravidado, pensava que seria legal ter acontecido e a gente falaria que ele/a foi feito/a no Japão. No dia que fizemos o  baby eu já tinha bolado esse apelido inclusive. Uma semana depois da concepção eu tive um primeiro sinal: passei mal e vomitei durante um voo. Isso nunca tinha me acontecido em um avião. E 10 dias após a concepção outro sinal, dessa vez mais claro: o sangramento de implantação. Ele veio pouquinho, menor que na primeira gravidez, mas bonito e bem visível. E por isso antes de fazer o teste de farmácia eu já sabia que tinha alguém aqui dentro. Maridex que só acredita com teste feito não deu tanta bola, mas depois fiz 2 testes e o positivo estava lá firme.

Ainda é segredo pra maioria das pessoas. Como na primeira gravidez, só vamos espalhar aos 4 ventos depois de passadas as 12 primeiras semanas. Então, shhhhh! É segredo, viu?!

Foi assim que anunciamos a gravidez pra minha família



12 de maio de 2016

E ela já dorme a noite inteira?

A Liana é uma criança super simpática, social, esperta, tem um sorriso lindo e assim conquista a todos. Mas parece que isso tudo não é o suficiente, e sempre as pessoas vem com essa perguntinha maldita que coloquei no título.

E a minha resposta sempre é que ela vai sim dormir a noite toda antes de entrar pra faculdade.

No geral há três tipos de pessoas que fazem essa pergunta:

- Tipo 1 - Aquela que simplesmente repete a pergunta porque todo mundo faz esta mesma pergunta. Um exemplo disso é o moço que foi o meu entrevistador quando eu tirei a minha cidadania americana. (Ah, sim, sou cidadã americana já! Olha que chic, bem?!) O cara tinha que me perguntar umas questões sobre os Estados Unidos, uma prova. Ele foi altamente profissional o tempo todo, no final ele me disse que eu passei, me parabenizou. E pra ser "amigável" ele me perguntou sobre a minha filha. Ele podia perguntar se ela se parece comigo, se ela gosta de desenhar, qualquer coisa! Mas ele me perguntou uma única pergunta, e foi justamente se ela dorme  noite toda. Quaaaaaaá!

- Tipo 2 - Aquela que só toca no assunto pra dizer que o(a) filho(a) dele é bem melhor porque dormiu sempre muito bem. Um exemplo aconteceu num voo, na última vez que fui pro Brasil e na volta sentei ao lado de uma mulher e sua filha adolescente. A menina era chata pra caralho, ela nunca tinha feito uma viagem internacional  na vida, mas porque estava ali viajando pros Estados Unidos, ela achava que estava com o rei na barriga e reclamava de tudo. Dos filmes que estavam disponíveis, da comida, da aeromoça, do avião, da almofada, da cadeira. E tudo pra ela era melhor no voo que ela pegou uma vez pra ir pra São Paulo. Foi difícil aguentar a tal menina reclamando alto de tudo. E a mãe dela me solta que quando ela era bebê, SEMPRE dormiu a noite inteira. Eu me segurei pra não dizer a ela que eu estava torcendo pra que quando a minha filha tivesse a idade da dela não fosse chata como ela. Melhor não discutir com as pessoas que estarão do meu lado durante 8 horas.

- Tipo 3 - Aquela que pergunta porque tem uma solução milagrosa. Seja o método de deixar chorar no berço sozinho no quarto escuro a noite toda, seja dando remédio, seja enfiando muito leite artificial.  Conheço uma senhora que é babá de um amiguinho da Liana, e ela quis me dar sugestão do que posso fazer pra Liana dormir mais e melhor. Ela estava bem intencionada, é verdade, mas o que acontece é que eu não pedi ajuda e, de fato, eu estou muito bem obrigada.

Porque as pessoas sempre tem que ficar perguntando se a Liana dorme a noite inteira? Se ela dorme ela é um bebê bonzinho. Se não, ela é o que? Uma criança má?? Não vai ganhar presente do papai noel no próximo natal? A minha filha é ótima, ela é esperta, inteligente, linda, divertida, carinhosa, e não dorme a noite inteira. Ela acorda as vezes. Algumas noites ela dorme e não me chama nenhuma vez. Mas ainda, com quase dois anos de idade, há noites que ela acorda.  As vezes uma vez só, as vezes mais, quando ela está doente. Mas estamos bem. Na verdade estamos ótimos!

E vou dizer aqui quando deixei de ter olheiras de cansaço: foi quando eu desencanei de querer que ela não acorde nunca mais a noite. Quando aceitei que é assim a natureza dela, que é normal, que tudo bem e que damos conta sim. Pronto, aceitar fez doer menos. Parou de doer.

Ter empatia por ela também ajuda. É claro que pra mim as vezes é difícil ter empatia, já que eu amo dormir, se eu puder eu durmo em qualquer lugar, a qualquer hora. E eu meio que esperava que a minha filha fosse hoje igualzinha ao que eu sou. Mas não é assim que funciona. Ela é uma outra pessoa, não uma cópia igual a mim. Talvez quando ela ficar adulta ela terá essa  paixão por dormir, mas talvez não.

A gente queria muito ter um bebê, mas pensávamos que seria uma criança que dormiria a noite inteira desde os 2 meses. Mas na verdade isso não é uma escolha, ela veio do jeito dela, sem a gente escolher nada. Do mesmo jeito que a gente não escolhe  a cor dos olhos, também não podemos escolher como será o padrão de sono dela.

Sigo feliz com a bebê que veio pra mim. Não vou devolvê-la na loja de bebês. Sigo dando peito porque ela tá feliz assim e eu também. E a noite, quando ela me chama eu vou lá, ela mama um pouco e depois dorme contente.

Só pra vocês verem como está a minha menina grande   :)