31 de julho de 2013

Vivendo uma vida dupla

Com esse título parece até que eu sou uma súper heroina ou roubo bancos. Nem um nem outro. Apenas sou uma tentante que acha que contar que está grávida é muito mais legal que contar que está tentando engravidar.


Quando ainda era desejante eu achava que isso seria fácil. Mas mal comecei o meu segundo ciclo e já vi que vida dupla pra mim é duro. Primeiro porque eu sou uma pessoa muito transparente. Qualquer um consegue perceber se estou chateada com alguma coisa ou bem feliz. Segundo porque sou muito anciosa. Meu primeiro ciclo foi um turbilhão de sintomas como já escrevi nos dois últimos posts e eu não me aguentei de vontade de conversar com alguém e de fazer teste de gravidez todo dia pra ter logo um positivo bem lindo sorrindo pra mim.


Mas to me segurando e compartilhando as minhas aventuras aqui no blog. E como amo acompanhar as aventuras das outras mamães! É delicioso!


Mas na vida real o bicho pega. Quando algum amigo nos visita em casa eu escondo o complemento de ácido fólico e os livros sobre gravidez e bebês no fundo do armário.


Nossos 6 livros sobre gravidez e bebês que sempre escondemos quando temos visitas

Moramos longe da minha família e da família do meu marido (eles vivem do outro lado do país). Isso até facilita, mas os meus familiares sempre me perguntam quando teremos um bebê, a gente desconversa e ouve por skype um “queremos um sobrinho logo” ou “minha filha, você tem que engravidar logo”. Já a minha sogra é mais contida, mas sei que ela é louca pra ter um neto. De preferência, uma neta. Uma vez ela me disse por telefone que a minha mãe devia ser muito feliz, já que ela já tem uma netinha. Eu só dei uma risada e concordei que deve ser bom mesmo ser avó. Ela é a melhor sogra ever, adoro ela! Ela diz pra todo mundo que eu sou a filha que ela não teve. Eu quero muito contar a ela que lhe daremos um neto(a).


Fomos pra Inglaterra e passamos 6 dias com meu cunhado e minha sogra. Lá fomos pro aniversário de 70 anos da tia do meu marido. Ela é minha xará e uma pessoa maravilhosa, cheia de energia e disposição, uma fofa. A todo momento vinha o assunto gravidez e bebês. Eram as revistas com o pequeno Príncipe George estampado nas capas, eras as vizinhas da Tia Rita que estão grávidas ou com nenéns novos.


A minha sogra e eu ficamos paparicando uma neném de 4 meses durante a festa de aniversário da Tia. Quando eu segurei a bebê ela me disse emocionada que eu serei uma ótima mãe. A Tia Rita nos contou que quando tivermos um filho ela nos dará um brinquedo que está guardado a mais de 30 anos. A filha dela, meu marido e meu cunhado costumavam brincar com esse brinquedo quando crianças. E eu como fico? Eu só tento me segurar pra não contar pra todo mundo que na verdade to doida pra ter um neném!

24 de julho de 2013

O que será?

Eu pensei que ontem eu iria escrever sobre a minha felicidade de ter um positivo no palito xixizado, mas o teste deu negativo e a minha M desceu ontem mesmo. :(

Ontem fiquei muito chateada e curti a fossa o dia todo. A tristeza não foi  por não estar grávida, mas sim por ter todos os sinais de gravidez (enjoos matinais, dor nos mamilos e sangramento de implantação). Acabei o dia de ontem afogando tudo com umas taças de vinho que tomei rápido e me fez virar uma bêbada chorona. Agora apesar da ressaca já estou bem melhor e pensando neste segundo ciclo.

Mas ainda me pergunto: o que aconteceu, afinal?

Eu penso que houve sim fecundação, que todos os sinais que meu corpo teve foram verdadeiros, principalmente porque eu tive sintomas que eu não conhecia. Sempre pensei que eu sentiria dor nos seios quando grávida, e não dor nos mamilos. Por isso não acho que foi algo inconsciente que meu corpo fez. Mas isso me dói! Me dói de pensar que tive uma sementinha fecundada em mim e que ela está agora indo embora com a M.

Meu marido prefere pensar que o meu corpo criou todos os sintomas e não teve fecundação. Mas será que vai ser assim, agora então todos os ciclos terei sintomas falsos? Assim é sofrimento demais!

Talvez eu não saberei nunca o que aconteceu de fato. Terei uma semana de férias com o meu marido e a família dele na Inglaterra, e isso nos ajudará a deixar de lado essa emoção toda desse primeiro ciclo que se acabou ontem. E quem sabe em terras inglesas eu não consiga dar uma visitinha à minha amiga Kate que está com bebezinho recém saido do forninho?! Rs!

Bola pra frente! Sempre!

21 de julho de 2013

O limbo desses últimos dias

Estou agora na reta final do meu primeiro ciclo tentando engravidar. Está sendo um um ciclo repleto de emoções! Não começamos a tentar antes porque não gostaria de ter filho durante o inverno de Boston que é muito rigoroso. O que pensei foi começar a tentar, mas tendo a certeza que ia demorar um pouco a conseguir, tipo uns 3 meses. 

Tomei a última pílula da última cartela em junho e  M veio dia 22.  Tinha uma vaga noção de que meu ciclo seria de cerca de 30 dias, que era mais ou menos o que eu tinha antes de começar a tomar pílula, há 7 anos atrás. 

Usei o teste de ovulação, o que foi ótimo, principalmente pra eu confirmar o que eu meu corpo me sinalizou através do muco. Como eu tomei pílula muitos anos fiquei duvidando que no primeiro ciclo eu já ovularia, mas o teste me mostrou que sim e isso já me deixou feliz demais. Percebi o muco no dia 08/07 a tarde e o teste deu positivo pra ovulação no dia seguinte de manhã. Eu e meu marido fizemos o dever de casa direitinho, namoramos nesses 2 dias (1 dia antes e 1 dia depois também, rs). 

No dia 11 começo a sentir meus mamilos doloridos. Pensei que pudesse ser alguma outra coisa, já que eu imaginava que sintoma de gravidez fosse as peitolas doendo por inteiro, e não somente os mamilos. Daí no dia 12 começo a sentir enjoo de manhã. No dia 13 a nausea foi tanta que vomitei parte do cafá da manhã. Pronto, aí comecei a ficar super anciosa, mas depois passou.

No dia 18 (quinta passada) comecei a ter outro sintoma de gravidez, o chamado sangramento de implantação. Fiquei super feliz! Mais uma prova que estou grávida! Mas me preocupei porque o sangramento continuou até hoje (sábado). Não é mesntruação, porque é bem pouquinho numa cor meio rosa/marrom. A descrição bate total com a implantação do embrião, mas eu não sabia que podia continuar por mais de 2 dias. Por isso comecei a ficar meio desesperada com isso. Mas encontrei um forum virtual que algumas grávidas contaram como foi com elas, e esse sanguinho durou de 1 a 6 dias. Ufa, ainda to dentro!

Agora to nesse limbo de ter que esperar pra fazer o teste de gravidez e ter a prova xixizada, mas tendo vários sintomas que indicam a gravidez. Aliás, até já fiz o teste na sexta, que deu negativo - será que foi porque estava cedo ou porque não to grávida mesmo e tudo que meu corpo tá fazendo é psicológico?!

Aguardem cenas dos próximos capítulos!!

18 de julho de 2013

Americanices preferidas - sobre dar palpites demais


Em primeiro lugar vou cantar pra vocês: “EU SOU BRASILEIRA, COM MUITO ORGULHO, COM MUITO AMOOOOORRRR!!!” Eu amo o meu país, tenho muita saudade de tanta coisa do lindo Brasilzão, do calor humano de cada abraço apertado (aqui as pessoas mal se encostam pra abraçar), de poder comprar pão de queijo, coxinha, suco de laranja fresquinho e guaraná antártica em qualquer esquina, do jeito espontâneo das pessoas... Mas tem algumas coisas que são tão melhores aqui na Gringolândia!


No Brasil geralmente é assim: se você não quer namorar, as pessoas (algumas delas são só conhecidos) palpitam “Ah, mas você TEM QUE arranjar alguém!”. Se está namorando sempre tem aquelas indiretas diretíssimas “E aí, vai casar quando?”. E depois que você se casa todo mundo se julga no direito de decidir quando você terá filho. Já me disseram que depois do primeiro filho há quem decida por você ter o segundo logo ou não.


Assim que me casei meus familiares me ordenavam que eu tivesse filho pra ontem. No vídeo do meu casamento há depoimentos de convidados, e o que uma das minhas irmãs bêbadas disse pra câmera não foi desejos de felicidade ao casal, mas sim desejos de que o nós tenhamos filhos logo. Aff!  Já alguns amigos me diziam pra pelamordedeus eu esperar pelo menos 5 anos, pra poder aproveitar bastante meu casamento antes de providenciarmos um herdeiro. Mas... sabe o que é? Eu e meu marido é que decidimos!


Os gringos são super discretos e já conversei sobre o assunto filhos com vários amigos, mas nenhum deles dá palpites se não for perguntado. Eu falo a minha opinião, o que eu e meu marido pretendemos fazer, eles contam a opinião deles, mas cada um cuida da sua vida e decide o que é melhor pra si. Adoro isso!

Ainda vou falar sobre mais coisas da Gringolandia que eu gosto e outras que nem tanto. Definitivamente, viva as diferenças!

16 de julho de 2013

Começando do começo

Desde a época que eu era solteira e não tinha nenhuma perspectiva de ter filhos eu já me interessava pelo assunto maternidade. Sempre conversei muito com as minhas amigas grávidas por achar tão interessante a biologia da coisa, a fecundação, os hormônios, a barriga crescendo, o combate às estrias, o parto, o bebê, a amamentação...


Há cerca de um ano, ainda na fase de desejante descobri os blogs maternos.  Comecei a devorar tudo, me apaixonei por esse mundinho virtual tão bacana! Alguns blogs eu li desde o primeito post e me senti súper próxima da mamãe blogueira.  Mas no início só olhava e  tinha vergonha de comentar. Li muito, aprendi de montão e descobri que tem muitas mulheres como eu, loucas pra ser mamães, que dividem os seus conhecimentos, dúvidas e anciedades.


Antes de nos casarmos, eu e meu maridos combinamos que não esperaríamos muito pra  tentar engravidar. Primeiro porque ambos somos doidinhos pra ter filhotes. Segundo porque já estou na casa dos 30, melhor começar logo. Decidimos que depois de viajar muito iríamos passar da fase de desejantes para tentates. E assim foi!

Agora quero compartilhar as minhas aventuras de tentante que mora fora do Brasil.