21 de maio de 2014

Fim de gravidez e a primeira visita da minha família

No penúltimo post eu disse que eu quero que a Sementinha continue aqui dentro da pança por mais um tempo. Hoje, com 38 semanas e 6 dias continuo querendo chegar nas 39 semanas e 6 dias, mas confesso que o cansaço está me pegando de jeito. Mesmo! Eu sou uma pessoa que sempre gostou de sair, conversar, sou bastante extrovertida, mas a minha vida social nestes últimos dias está agitada demais. Sexta a noite fomos a um happy hour com alguns amigos. Sábado a tarde eu tive um chá de panela e quando eu cheguei em casa queria só deitar e tirar um cochilo, mas tive tempo só de trocar os sapatos pra sairmos para jantar com uns amigos e mais tarde emendamos uns drinks num bar. Normal sendo um sábado a noite pra quem não tem filhos... Domingo descansei bastante, ufa, que bom! Mas segunda a noite foi despedida de um amigo querido que está se mudando pra Europa e terça tivemos um jantar de aniversário de uma amiga. Durante esse jantar tive algumas contrações mais fortes que o usual, mas elas eram só na parte de cima do útero, e sem dor alguma. Essa coisa de não saber quando vou entrar em trabalho de parto é tão excitante! Adoro! Mas com tantos eventos sociais pra ir eu fico mesmo é pensando em descansar e ficar em casa cuidando do ninho pra estar tudo em ordem no momento que eu entrar em trabalho de parto...

Mas estou feliz por ter energia o suficiente para sair, caminhar, trabalhar no nosso jardim, limpar a casa, encontrar os nossos amigos, ir no cinema, sair pra jantar... Daqui a pouco não será tão fácil fazer todas essas coisas, estou sabendo disso.

Eu sempre falo sobre as diferenças culturais entre nosso Brasil e a Gringolândia, agora vou contar como é por aqui quando um bebê nasce e como será conosco.

Aqui as pessoas não são tão "família" quanto no Brasil. Explico: no Brasil quase todo mundo mora na mesma cidade que os pais, irmãos, primos, tios, avós. Aqui quase ninguém mora na mesma cidade que os pais ou irmãos. Cada um está num canto do país. E o país é enorme, um pouco maior que o Brasil. Daí quando uma mulher está grávida, a sua mãe geralmente não está perto para ajudar tanto quanto a gente vê no Brasil. Já quanto aos amigos eu percebo que aqui quando alguém diz que quer ajudar é porque quer mesmo. No Brasil tem aquela coisa de "conte comigo pro que você precisar", mas a gente sabe que no fundo muitas vezes não é tão sincero. Aqui ninguém te oferece algo se de fato não está disposto a te dar ou a fazer. Então quando alguém oferece ajuda é pra valer mesmo! Mas, ao mesmo tempo, as pessoas aqui respeitam muito o espaço individual de cada um. Então ninguém se oferece pra visitar alguém que acabou de ter um bebê. Só há visitas se houver um convite antes. E se alguém se oferecer para visitar deve estar preparado para ouvir um não. E também no geral as pessoas não dão palpites como no Brasil quanto a gravidez ou amamentação, por exemplo. Se dão palpite é porque foram perguntadas antes.

Quando a minha sobrinha nasceu, uma das coisas que mais deu trabalho pra minha irmã foi receber visitas em casa nos momentos mais inoportunos, quando ela queria descansar. Isso aqui na Gringolândia dificilmente acontece, porque se alguém ligar dizendo que está querendo visitar o recém nascido a mãe pode simplesmente dizer que não, que aquela não é uma boa hora pra visitas. Outra coisa que a minha irmã sofria era com aquela mania de todo mundo querer pegar o bebê no colo, inclusive crianças e pessoas que a minha irmã mal conhecia. E no Brasil a gente não sabe dizer não. E nem ouvir não. Aqui isso não acontece.

Eu acho bem legal este jeito americano de ser e agir com relação a essas questões. Gosto do fato de que nossos amigos gringos já se colocaram a nossa disposição para ajudar no que for preciso, mas que eles respeitam o nosso espaço, a nossa privacidade e as nossas decisões sobre como criar a nossa filha, por mais que seja diferente da forma que eles fazem com os filhos deles. Eles já se ofereceram pra nos buscar na maternidade quando estivermos saindo com a Sementinha, já que não temos carro aqui, ir no mercado fazer compras, cozinhar pra gente e levar a comida prontinha, e mesmo ajudar com a bebê no caso de precisarmos.

Mas aqui teremos também a visita de uma boa parte da minha família. No dia 11 de junho chegarão a minha mãe, meu primo (ele é meu quase irmão, meu quase pai e meu padrinho de crisma, morou conosco dos seus 15 anos até completar a faculdade e eu morei com ele e sua esposa nos meus primeiros anos de faculdade), sua esposa (minha madrinha de crisma) e a filha adolescente. Eles ficarão hospedados na nossa casa até o dia 29 de junho. E no dia 27 de junho chegarão as minhas duas irmãs mais novas, a minha sogra e o meu cunhado (irmão do maridex). As minhas irmãs ficarão só por 6 dias e a minha sogra ficará por 2 semanas. Após o primeiro grupo de hóspedes ir embora esse segundo grupo ficará conosco aqui em casa. Uma das minhas irmãs será a madrinha da Sementinha, juntamente com o meu cunhado, e o batizado será no dia 28 de junho, quando essa turma toda estará em Boston. Estou muito feliz que a Semeninha será batizada logo nas suas primeiras semanas de vida, como eu fui também, e que boa parte da minha família e da família do maridex irão participar.

Quanto a ter visitas em casa, por um lado nós teremos uma ajuda valiosa, principalmente da minha mãe e minha madrinha, que irão cozinhar comida brasileira pra gente, lavar as louças, limpar o que for necessário, e elas são mães experientes. Por outro lado sei que será complicado receber 4 pessoas aqui em casa, tendo acabado de nascer uma bebéia novinha, ainda estaremos na fase de adaptação com a Sementinha. Tenho certeza que as visitas vão querer passear e não sei o quanto eu estarei pronta/disposta/capaz de passear com eles. A minha mãe não fala uma palavra sequer em inglês, nunca saiu do país, tem um certo medo de viajar e não está acostumada com coias novas, fora do mundo dela. Mas eu simplesmente não penso sobre isso, pra não me preocupar. Ela estará em boas mãos vindo com o meu primo, já que ele fala inglês e tem experiência o suficiente com viagens. Aliás, eu costumo brincar que ele é o filho preferido dela, o que é engraçado porque  a minha mãe tem quatro filhas.

Ter uma boa parte da minha família aqui será maravilhoso no geral, mas é também um pouco preocupante sim. O maridex sempre me pergunta o que será que a minha mãe vai achar sobre várias coisas, seja da nossa casa, seja da nossa cidade. É interessante o quanto que ele quer causar uma boa impressão a todos. Também é bacana quando passamos por um lugar bonito aqui e comentamos o quanto esperamos que a minha família aprecie esse local. Me pego pensando em como será fazer o trajeto de casa até o mercado com o carrinho de bebê, ou com a Sementinha no sling, e a minha família junto, andando devagar, observando a arquitetura de cada casa, todas elas sem muros ou grades e nós conversando em português. É... acho que será ótimo!




15 comentários:

  1. Caramba, Rita! Sementinha pode chegar a qualquer momento!!! Boa hora, querida! :) Que ela venha cheia de luz e saúde!

    Beijo

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  2. Nossa como tudo passou rápido!!! Tu já estás na retinha final e a qualquer momento a sementinha pode chegar... imagino só a ansiedade. Que bom que a boa parte da família vai está aí para dar uma força!!! Bjos!!!!

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    1. Lyanna, a ansiedade está bem menor do que imaginava que seria, graças a Deus! Estamos tranquilos aqui e prontos pra quando ela nascer. Beijos!

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  3. Rita, que ansiedade!! A qq momento é a hora!! Que D'us lhe abençoe!!! Bjks!!

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    1. Amém, Myriam! Fico um pouquinho nervosa as vezes, mas ansiedade nem tá grande não, por incrível que pareça. Beijos!

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  4. Que pique!! Com 38 semanas eu já estava beeeem gorda e cansada rsrsrs
    Que tudo caminhe bem!

    beijos

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    1. Suzy, eu também estou um poço de cansaço e preguiça! Mas to tentando me movimentar. O maridex que pega no meu pé pra eu fazer um monte de coisas! Beijos!

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  5. Eita a hora chegando imagino o fio na barriga! Deus abençoe vcs e lhe dê uma boa hora!

    Beijos

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    1. É um friozinho na barriga bom, Juliana! E ele vem com algumas contrações de treinamento, rs! To achando muito gostoso!
      Beijos

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  6. Rita, acho que vai ser muito bom pra você ter sua família por perto! Não se preocupe tanto mesmo, as coisas vão se ajeitar pra todos! Vai ser uma maravilha mostrar seu cotidiano pra eles e receber ajuda com a Sementinha!
    Quanto ao teu pique, meninaaaaaaaaa, vai desacelerando... Tá pertinho já! kkkkkk! E sobre o jeito dos americanos, acho ótimo. Seria bom se os brasileiros fossem assim, né? Um pouquinho de cada cultura seria perfeito. kkkkkk!

    Beijooooo e boa hora!

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    1. Talita, to bem devagar na verdade! Faço tudo na velocidade de uma lesma. Acho que será muito bom mesmo ter a minha família aqui. Depois conto pra vocês!
      Beijos

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  7. Tenho certeza que será maravilhoso passar esse tempo com sua família, mesmo que pareça complicado... Mas vem k, como você tem disposição hein...rs!

    Beijos!!

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    1. Obrigada, Cynthia! É a disposição de uma tartaruga, to bem devagar, mas tá sendo muito gostoso curtir os últimos dias de gravidez.
      Beijos!

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  8. carambola como gravidez passa rápido parece q foi ontem a minha e o dia da sua descoberta e família pertinho e tudo de bom bjs!!!

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